Ponte do Augusto Franco vira esconderijo de marginais

Por Márcio Rocha

A obra da ponte que liga o bairro Inácio Barbosa ao conjunto Augusto Franco, sobre o rio Poxim, está em vias de  conclusão: cabeceiras completamente montadas, cobertura asfáltica quase na totalidade de sua extensão e placas de sinalização colocadas para a melhor orientação do tráfego no local.

A obra ainda não foi inaugurada pela Prefeitura de Aracaju. Possivelmente será entregue no aniversário da cidade, no dia 17 de março. Mas problemas já estão sendo detectados pelos moradores da região. Segundo populares, a obra está sendo tocada em ritmo lento e com poucos funcionários da construtora responsável. A situação incomoda a quem mora no entorno da ponte.

De acordo com o taxista Luiz de Souza, o ritmo da obra não está adequado. “Estamos com a ponte pronta e não entregam, alguns retoques que têm que ser feitos estão sendo dados bem lentamente, e assim continuam a demorar para entregar a ponte”, comentou o taxista.

O assessor de comunicação da Emurb, Ademar Queiroz, disse que a licitação da obra do anel viário da região está em andamento e a ponte só será entregue com todos os acessos construídos. O prazo máximo de entrega é até o final deste ano.

A segurança é o principal problema de quem mora nas imediações da ponte. O estudante Everton Santos disse que marginais estão tomando conta da parte de baixo da estrutura.

“Todos os dias vem gente consumir drogas embaixo da ponte e estamos preocupados com o que pode nos acontecer. Acontecem brigas e escutamos gritos das discussões dos drogados que ficam ali. Não vai demorar pra encontrarmos alguém morto debaixo da ponte”, disse Everton.

O vão deixado sob a ponte tem uma área extensa, em caso de invasão de pessoas, até dez famílias podem se abrigar embaixo de cada um dos lados da ponte. Vestígios de uso de drogas foram deixados por consumidores que se escondem embaixo da ponte, inclusive, latinhas usadas para fumar crack.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, por meio do jornalista Lucas Rosário, informou que a reclamação dos moradores será atendida e que o Comando do Policiamento da Capital colocará mais rondas ostensivas de policiais militares nos arredores da ponte. Sobre o consumo de drogas na região, a Coordenadoria de Polícia Civil da Capital atuará na investigação, a fim de descobrir os usuários e prender os traficantes locais.