Professores aprovados em concurso da SEED não são convocados
Denúncia de renovação de contratados chega ao Ministério Público Cotidiano 03/10/2012 21h45 |Por Míriam Donald
Quatro meses após passarem no concurso da rede estadual de educação, dos 1700 professores aprovados, apenas 250 foram convocados. Porém, a situação parece ser mais grave. Professores denunciam que existem cargos destinados às pessoas contratadas com dedicação exclusiva. Indignados, os não contratados criaram um grupo em uma rede social, se organizaram e levaram o caso ao Ministério Público do Estado de Sergipe (MPE).
Com a situação exposta, o promotor de justiça dos Direitos à Educação, Fausto Valois, se reuniu nesta quarta-feira (03) com os professores e a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Lúcia Barroso, para ouvi-los e deliberar questões.
Segundo a professora de Língua Portuguesa aprovada no concurso Iolanda Amaro, o problema não está no processo da lenta convocação - que ela classifica como em “passo de tartaruga”, mas por não estarem chamando os concursados, em detrimento de contratados. “Quem ainda não tem dois anos de contrato eles estão renovando e colocando dedicação exclusiva, ou seja, são professores efetivos que têm o salário aumentado, assim como a carga horária. Tem escolas com professor pedagogo dando aula de Geografia e Matemática”, diz.
Iolanda ainda afirma que a carga horária tem um limite e isso não está sendo respeitado. Questionada sobre a irregularidade de um professor assumir a função de dois professores, ela considera ser este o grande nó da questão, já que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que sejam dadas as licenciaturas correspondentes à área. “Na capital ocorre com menos intensidade, embora haja casos de renovação de contrato. Já no interior o caso é desordenado”, ressalta.
Para a vice-presidente do Sintese, Lúcia Barroso, os professores têm razão e já estão desesperados. Segundo ela, existem dados que comprovam a contratação. “Não é apenas uma renovação de dois meses enquanto chegam os novos concursados. É preciso que o secretário tome uma medida, pois as escolas estão sem professor”, frisa.
Próximos passos
De acordo com o promotor Fausto Valois, o próximo passo será formalizar e estruturar as reclamações que a categoria tem relacionada ao concurso. “Nós pedimos a formalização de situações que precisam ser esclarecidas e documentadas para que possamos oficiar ao Estado e marcar uma audiência pública com a participação da Secretaria de Estado da Educação para prestar os esclarecimentos e, assim, buscar que a educação tenha qualidade e a eficiência que os alunos da rede estadual necessitam ter em seu dia-a-dia”, diz.


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