Professores da UFS decidem continuar com a mais longa greve do setor
São 111 dias de paralisação.Há previsão de suspensão a partir do dia 17 Cotidiano 05/09/2012 16h27 |Por Sílvio Oliveira
Os docentes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (05), no auditório da Adufs, continuar com a greve por tempo indeterminado, mas com indicativo de suspensão do movimento grevista para o período de 17 a 21 de setembro.
As datas serão encaminhadas ainda esta semana para o Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes/SN) e no dia 14 de setembro, a Associação dos Docentes da UFS fará uma nova assembleia para discutir o movimento. “Quem vai decidir entre as datas colocadas pelas associações é o comando nacional”, afirmou Fernando Sá, do Comando Local de Greve.
Os docentes federais paralisaram as atividades no dia 17 de maio, perfazendo nesta quarta-feira (05), 111 dias de paralisação. Ou seja, a greve está sendo considerada a mais longa de todas na história do movimento, comparando-a somente com a paralisação de 2005.
Das 59 universidades do país, 57 aderiram à paralisação. A categoria reivindica reestruturação dos cargos, que engloba uma carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios; variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20h correspondente ao salário mínimo e retribuição por titulação.
Relembre
No dia 13 de julho, o governo apresentou uma proposta de reestruturação da carreira, que foi negada pelo sindicato nacional, o ANDES-SN. A segunda proposta, apresentada em 24 de julho, apenas repetiu as distorções da primeira, e foi novamente rejeitada.
Em uma atitude que provocou grande polêmica, o governo assinou acordo com o Proifes, sindicato que abarca apenas 3% da categoria dos professores. A essa medida seguiram outras ações controversas, como o anúncio do corte de ponto e substituição dos servidores grevistas por outros funcionários.
No dia 31 de agosto, o governo encaminhou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 4368/2012, que trata da estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal. A categoria docente do ANDES-SN não concordou com o projeto.
Foto: Sílvio Oliveira (ilustração)
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