Quadrilha do ‘falso advogado’ é desarticulada após golpe de R$ 90 mil em Sergipe
Quatro suspeitos são presos em operação interestadual que expôs esquema de indenizações falsas Cotidiano | Por F5 News 26/11/2025 16h02 |Quatro homens foram presos por suspeita de envolvimento no golpe do “falso advogado”, que gerou um prejuízo de cerca de R$ 90 mil a uma vítima de Sergipe. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (26) pela Polícia Civil de Sergipe, após a deflagração da Operação Falso Advogado.
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos foram presos em Santos (SP) e na Região Metropolitana de Fortaleza (CE), em trabalho conjunto com as Polícias Civis de São Paulo e do Ceará.
As investigações tiveram início após a vítima procurar a Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) relatando que havia sido induzida a transferir diversas quantias aos criminosos. Segundo a polícia, o golpe consistia em convencer a vítima de que ela havia vencido uma ação judicial. Em seguida, os golpistas solicitavam o pagamento de supostas taxas, impostos e custas processuais para liberar uma indenização inexistente.
O aprofundamento das apurações revelou que o grupo atuava de forma interestadual e já havia feito vítimas em Tocantins, Mato Grosso, Pernambuco e Rondônia. O esquema seguia o mesmo padrão: uso de identidades falsas, contatos por aplicativos de mensagens e cobrança de valores antecipados sob o pretexto de trâmites judiciais.
O delegado Érico Xavier, da DRCC, explicou que a identificação dos investigados permitiu a adoção das medidas judiciais e a articulação com as equipes policiais dos estados onde os suspeitos estavam. As prisões também possibilitaram a apreensão de materiais que irão subsidiar a continuidade das investigações.
O diretor do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), delegado André Baronto, reforçou o alerta à população sobre esse tipo de golpe. “É fundamental desconfiar de pedidos de pagamento antecipado para liberar valores judiciais e confirmar a veracidade das informações com profissionais que já acompanham os processos. Nenhuma indenização legítima exige depósitos prévios”, destacou.
A investigação integra a 3ª fase da Operação Nacional da Renorcrim, que mobiliza as Polícias Civis de todo o país no combate ao crime organizado e fortalece a atuação integrada das forças de segurança.
