As festas juninas são uma das maiores expressões da cultura popular no Brasil, e têm como eixo central a devoção a três santos muito importantes no catolicismo: Santo Antônio, São João e São Pedro. Cada um carrega uma história própria e significados que atravessam gerações, enchendo os arraiais com fogueiras, quadrilhas, comidas típicas e muita música.

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Santo Antônio (13 de junho)
Nascido em Lisboa, Portugal, em 1195, Santo Antônio foi um frade franciscano conhecido por suas pregações poderosas e pelos muitos milagres atribuídos a ele. Também ficou famoso por ajudar os mais pobres e por resolver casos difíceis, o que fez dele o “santo casamenteiro”. Por isso, é muito querido entre quem busca um amor verdadeiro ou precisa de ajuda para manter o relacionamento. Além disso, muitas pessoas têm o costume de fazer simpatias e promessas para ele nesta data.

São João Batista (24 de junho)
Primo de Jesus Cristo e considerado o último profeta antes da vinda do Messias, São João Batista tem papel central no cristianismo por ter anunciado e batizado Jesus no Rio Jordão. A festa dedicada a ele, que acontece em 24 de junho, é a mais animada das celebrações juninas. Nela, acendem-se fogueiras que simbolizam a luz que ele representa, e a festa vira sinônimo de alegria e fartura. Danças, fogos, balões e muitos quitutes — como milho, canjica e pamonha — são elementos marcantes desta data.

São Pedro (29 de junho)
Pescador simples que seguiu Jesus e se tornou o primeiro Papa da Igreja Católica, São Pedro é conhecido como o “guardião das chaves do céu”. Ele também é padroeiro dos pescadores, e por isso muitos festejos acontecem especialmente em comunidades litorâneas e ribeirinhas, com procissões e bênçãos para garantir fartura na pesca. A festa de São Pedro fecha o ciclo junino e representa a força da fé e da perseverança.

Celebrações que misturam fé, música, dança e boa comida, as festas juninas mantêm viva a tradição e o respeito por esses santos tão emblemáticos para o povo nordestino.