Sergipana de 3 anos com doença rara recebe transplante de medula em São Paulo
Maria Luíza, diagnosticada com imunodeficiência grave, passou pela infusão nesta sexta-feira (20) Cotidiano | Por Gabriel Ribeiro 22/06/2025 14h44 |A pequena Maria Luíza, de apenas três anos, passou por uma etapa decisiva no seu tratamento contra uma imunodeficiência combinada grave: o transplante de medula óssea. A infusão foi realizada nesta sexta-feira (20), por volta do meio-dia, no hospital em São Paulo onde a criança está desde abril deste ano.
Em abril, o F5 News contou a história de Maria Luíza, diagnosticada com uma doença genética rara causada por uma mutação no gene MALT1, o que compromete gravemente seu sistema imunológico. A condição deixa o corpo vulnerável a infecções graves e recorrentes, exigindo um tratamento complexo e urgente. O transplante de medula é considerado a única chance de cura.
Segundo a mãe da menina, Adriana Riquelme, o procedimento ocorreu dentro do esperado e durou cerca de três horas. Em mensagem publicada nas redes sociais, Adriana agradeceu as orações e o apoio que tem recebido ao longo da jornada. “Já estamos de medula nova. Estamos entrando numa nova fase do tratamento, mais delicada, pois agora começam as reações da quimioterapia e ainda há mais dois ciclos a serem realizados”, afirmou.
O foco agora é garantir que a nova medula seja absorvida pelo organismo da criança e passe a funcionar corretamente, o que exige cuidados intensivos e monitoramento constante. “É a parte em que podem ocorrer infecções, reativação de vírus... Então, todo cuidado é necessário. Mas estamos bem assistidas, a equipe médica é excelente, e a estrutura do hospital é muito boa”, declarou Adriana.
Desde então, a família tem mobilizado uma campanha de arrecadação para custear despesas como hospedagem, transporte, medicamentos e alimentação especial. Mãe solo, Adriana precisou se mudar temporariamente para São Paulo com a filha e calcula que permanecerá na capital paulista por pelo menos quatro meses.
Na época, ela relatou a dificuldade de chegar ao diagnóstico e os desafios enfrentados durante o processo. “Ver seu filho piorando a cada dia e nada do que faz ajudar... é desesperador”, disse. Apesar da dureza do tratamento, Maria Luíza enfrenta tudo com coragem e doçura. “Ela chora, claro, mas depois diz: ‘sou fote e coajosa, mamãe’”, contou a mãe.
Agora, a expectativa se concentra nos próximos dias, que exigem atenção redobrada. Mesmo com a tensão, Adriana segue confiante. “Estamos bem, tudo dentro do esperado, mas é uma fase complicada. Continuem em oração por nós e por Malu”, pediu.





