A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) divulgou análise referente à intensidade e tipos de impactos da seca em Sergipe no mês de março. 

Arthuro Paganini/Agência Sergipe

Segundo a meteorologista da Semac, Wanda Tathyana de Castro Silva, a partir dos dados do Monitor de Secas, foi possível observar que em relação ao mês anterior, de maneira geral, houve redução da intensidade de seca fraca nos territórios sergipanos.

"Embora o agreste central e médio sertão continuaram apresentando esta intensidade de seca em toda a sua totalidade, ela permaneceu apenas em partes das áreas do centro-sul, leste sergipano e baixo São Francisco", explicou, destacando que verificou-se ainda que a seca se manteve com intensidade moderada no território do alto sertão e deixou de existir nos territórios do sul sergipano e da grande Aracaju.

A meteorologista afirma que o fenômeno climático El Niño está enfraquecido, mas as altas temperaturas devem prevalecer, fazendo com que a evapotranspiração continue elevada e, consequentemente, haja diminuição das umidades do ar e do solo.

"Em contrapartida, o Oceano Atlântico está aquecido e, ainda no outono, a neutralidade climática deve começar a atuar, facilitando a chegada de sistemas meteorológicos. Com isso, a predominância é de condições para ocorrência de chuvas, variando de normal a acima da média. Espera-se, portanto, episódios de chuvas que tendem a contribuir com a diminuição do agravamento das condições de seca nos próximos meses", avaliou Wanda Tathyana.

A intensidade de seca fraca causa impactos negativos no plantio de culturas e nas pastagens, enquanto a condição de seca moderada, além de gerar danos às culturas e pastagens, contribui para os baixos níveis de água nos reservatórios.