Terapia é aliada no tratamento de Transtorno de Desenvolvimento Global
Confira algumas orientações da psicóloga clínica infantil Marina Guimarães Cotidiano | Por F5 News 17/09/2023 09h00 |O Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) formam uma categoria abrangente de transtornos cuja principal característica, de modo geral, são distúrbios nas interações sociais recíprocas, que pode se desenvolver nos primeiros anos de vida.
O termo está presente e caracterizado em manuais específicos da saúde, como DSM-4 da Associação Americana de Psiquiatria e os CIDs 10 e 11, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os principais tipos de TGD são:
Transtorno do espectro autista – distúrbios do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na interação social;
Síndrome de Rett – questão genética que tem como característica principal a regressão ou desaceleração do desenvolvimento da criança por volta do primeiro ano de vida;
Psicose infantil – apresentação de delírios e alucinações que afetam o desenvolvimento da criança nos termos de linguagem, interação social, brincar, entre outros.
Síndrome de Asperger – é um estado do espectro autista.
Síndrome de Kanner – é a forma mais severa do transtorno do espectro autista e também é conhecida como autismo clássico.
O mais comum de ser diagnosticado dentre esse é o Transtorno de Espectro Autista (TEA) que, geralmente, é descoberto durante a infância. No Brasil, ainda não existe nenhuma pesquisa que dimensione com precisão o universo de pessoas autistas na população. Mas dados do Centro de Controle de Prevenção e Doenças, órgão vinculado ao governo dos Estados Unidos, estabelece um diagnóstico de autismo a cada 110 crianças.
Apesar do TEA ser comum, ainda há dificuldades em identificar as características nas quais se baseia o diagnóstico deste e de outros transtornos globais do desenvolvimento.A psicóloga clínica infantil Marina Guimarães, que atua na Abordagem Cognitiva Comportamental (TCC), disse ao F5 News que é de extrema importância os responsáveis estarem atentos aos sinais dados pelas crianças.
“[Observar] se possuem qualquer dificuldade de interação, de atraso de desenvolvimento. Isso porque, quanto mais cedo a criança iniciar o tratamento, mais tempo de contato essa criança vai ter com a terapia e, consequentemente, será muito melhor para ela, para que a intervenção seja precoce e que a demanda que ela apresente venha a ser tratada”, disse Marina Guimarães ao portal.
A psicóloga ainda explica que, no primeiro momento, é feita a anamnese para entender a demanda da criança, junto aos pais. A partir, disso o tratamento da terapia infantil é iniciado, com o objetivo de promover mais autonomia e independência ao paciente.
“Na terapia em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) — método utilizado nos autistas —, identificamos quais as habilidades são necessárias ser treinadas, quais comportamentos disfuncionais precisam ser modelados, entre outros. Então, estimulamos, fazemos o treino de uma determinada habilidade e reforça positivamente quando a criança responde de maneira positiva aquilo que a gente colocou pra ela”, disse Marina Guimarães ao F5 News.





