Trajetória do disparo que matou a menina em Areia Branca é confirmada
Laudos apontam que o projétil seguiu trajetória que atingiu a cabeça da criança Cotidiano 27/06/2025 15h40 |A Polícia Científica de Sergipe (PCi) confirmou, nesta sexta-feira (27) que identificou a trajetória do disparo de arma de fogo que matou a menina Laila Sofia, morta no carro dos pais na madrugada do último dia 24 de junho, em Areia Branca, e a causa da morte da vítima. O disparo, conforme relatou o Instituto Médico Legal (IML), percorreu uma trajetória de cima para baixo, atingindo a criança na cabeça, ocasionando a morte da menina por hemorragia intracraniana, que completaria dois anos na quinta-feira (26).
De acordo com o coordenador-geral de perícias, Vitor Barros, a PCi foi acionada ainda na madrugada do dia 24 de junho, data do crime. “Recebemos um chamado irradiado pelo Ciosp para atender uma cena de local de crime, onde um veículo teria sido alvejado por disparo de arma de fogo. A equipe de local de crime, composta por peritos criminais, foi até o município de Areia Branca e realizou os levantamentos iniciais”, relatou.
Durante os exames periciais, conforme explicou Victor Barros, os peritos constataram dois pontos de impacto no veículo. “Havia um veículo de passeio alvejado, com o primeiro ponto de impacto na parte superior do vidro traseiro, na lateral esquerda. O projétil seguiu uma trajetória oblíqua descendente, da esquerda para a direita, e ficou alojado no banco do passageiro da frente”, detalhou Vitor Barros.
Já em atendimento ao acionamento para o hospital, após a morte da criança, o IML procedeu com os exames periciais no corpo da criança. “A equipe foi até o hospital, fez o recolhimento da vítima e, na sede do IML, realizou a identificação cadavérica, constatando tratar-se da jovem Laila Sofia. Ela foi submetida a exame cadavérico, que revelou um orifício de entrada na região fronto-parietal esquerda da cabeça e um orifício de saída na região da bochecha, o que caracteriza uma trajetória de cima para baixo”, afirmou.
Vitor Barros ainda explicou, de forma mais técnica, a dinâmica do disparo. “O projétil entrou no vidro traseiro do carro, na parte superior esquerda, seguiu uma trajetória oblíqua descendente – ou seja, inclinada de cima para baixo – atingiu a cabeça da vítima e saiu pela bochecha, alojando-se no banco do passageiro dianteiro. Esse elemento balístico foi recuperado e será analisado”, especificou o coordenador-geral de perícias.
O coordenador de perícias informou ainda que três laudos serão elaborados para esclarecer o caso. “Estamos confeccionando o laudo do local de crime, que vai descrever a dinâmica do disparo no veículo; o laudo cadavérico, com a causa e a trajetória da morte da jovem Laila; e o laudo balístico, que analisará o projétil e fará a comparação com a arma apreendida para confirmar se foi ela a responsável pelo disparo. Assim que finalizados, todos os laudos serão encaminhados à autoridade policial”, concluiu.
Fonte: SSP





