Alimentos mais caros pressionam inflação ao consumidor aracajuano | F5 News - Sergipe Atualizado

Alimentos mais caros pressionam inflação ao consumidor aracajuano
Alta dos índices de preços não afetou a inflação futura, avalia Ministério da Economia
Economia | Por F5 News 15/12/2020 09h50 |


Os aumentos nos preços dos alimentos e dos combustíveis pesaram no orçamento das famílias aracajuanas em novembro. A inflação oficial em Aracaju subiu 0,42%, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Junto das despesas pessoais, esses foram os dois únicos grupos de produtos e serviços que apresentaram alta expressiva na capital sergipana. Enquanto o custo da alimentação saltou 2,07%, acima da inflação nacional (0,89%), o setor de transportes - o que inclui combustíveis - ficou 0,54% mais caro em Aracaju. 

A taxa acumulada em 12 meses subiu a 3,2% em novembro e analistas do mercado avaliam que ela é resultado de choques anômalos e temporários. Como a pandemia desorganizou a cadeia de fornecimentos e suprimentos, na retomada da atividade econômica, muitas empresas foram apanhadas com estoques baixos demais. A pressão da demanda empurrou os preços para cima. A alta das commodities (cotadas em dólares) foi turbinada também pelo avanço do dólar em reais. E houve, no final de novembro, o reajuste dos preços da energia elétrica.

Essa alta dos índices de preços, no entanto, não afetou a inflação futura. A conclusão consta de relatório divulgado esta semana pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.

Intitulado Consolidação Fiscal e Inflação Esperada, o documento comparou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ultrapassou o centro da meta de 4% nos 12 meses terminados em novembro, com as taxas dos títulos públicos de dois, cinco e de dez anos, chamada de inflação implícita. A SPE constatou que a piora recente na inflação de curto prazo não se transmitiu para as taxas de longo prazo.

Na avaliação da SPE, o fato de as taxas de longo prazo não terem subido indica que os investidores estão confiantes de que o impacto dos preços dos alimentos sobre a inflação representa um fenômeno temporário. Para o órgão, isso indica que a confiança em relação à gestão da economia não se deteriorou nos últimos meses.

“As séries apresentadas sinalizam que a inflação observada no segundo semestre deste ano é pontual e limitada temporalmente. Pois, apesar da piora das expectativas da inflação de curto prazo, não há repasse da deterioração ocorrida neste ano para os preços dos ativos e expectativas de médio prazo”, ressaltou o relatório.

O estudo também comparou o comportamento do IPCA e dos juros reais (juros nominal menos a inflação) na última década. Segundo a análise, a diferença entre os dois indicadores elevou-se nos últimos meses, mas ainda está inferior a momentos de volatilidade na economia, como em 2015 e 2016.

Segundo a SPE, a continuidade da política fiscal, com reformas estruturais e manutenção do teto de gastos, é essencial para manter as taxas dos títulos de médio prazo sob controle e segurar os juros em níveis baixos.

*Com Agências Brasil e Estado
 

Edição de texto: Monica Pinto
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