Pouco mais de 1.560 postos de trabalho formal foram eliminados do mercado de trabalho sergipano no mês de maio de 2016, conforme aponta levantamento do  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho. O cenário ainda é de recessão, porém o saldo foi bem melhor do que no mesmo mês do ano passado, quando mais de quatro mil vagas de emprego com carteira assinada foram perdidas.

Sergipe perde mais de 1.500 postos de trabalho formais em maio de 2016

De acordo com o balanço, o saldo entre o número de contratações e as demissões demonstra uma retração de 0,53% no estoque de vagas de trabalho no estado em comparação ao mês de abril. No quarto mês do ano, 1.262 postos de trabalho foram fechados.

Segundo o Ministério, houve redução do número de empregados em quase todos os setores da atividade econômica sergipana, com destaque para a Construção Civil (-603 postos) e o Comércio (-461 postos). Apenas o setor da Administração Pública fechou o mês com saldo positivo, ainda assim, de apenas três vagas.

Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, o Caged registra uma redução de 3,77% no nível de emprego em Sergipe nos cinco primeiros meses de 2016, ou seja, este ano, 11.482 postos de trabalho já foram fechados. Já nos últimos 12 meses o saldo de empregos caiu 3,64%, somando 11.092 postos de trabalho a menos, de acordo com a pasta.

O cenário é resultado da turbulência da economia vivenciada pelo país, mas na ótica de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a recessão começa a perder fôlego. Apesar disso, ainda há um longo caminho para a recuperação do país, sobretudo porque, mesmo com a indústria apontando sinais de recuperação, a renda e o aumento de desemprego têm prejudicado a recuperação da demanda doméstica por bens e serviços, o que mantém os setores do comércio e de serviços em retração.