Antônio Fagundes sobre a peça “Dois de Nós”: “texto inescapável” | F5 News - Sergipe Atualizado

Entrevista
Antônio Fagundes sobre a peça “Dois de Nós”: “texto inescapável”
Ator se apresenta em Aracaju nos dias 11, 12 e 13 de julho com espetáculo no Teatro Tobias Barreto
Entretenimento 06/07/2025 09h00 |


O consagrado ator Antônio Fagundes desembarca em Aracaju nos dias 11, 12 e 13 de julho para apresentar a comédia teatral “Dois de Nós”, ao lado de Christiane Torloni, Thiago Fragoso e Alexandra Martins. A direção é assinada por José Possi Neto e as apresentações acontecerão no Teatro Tobias Barreto.

A peça retrata o encontro de dois casais de gerações diferentes em um quarto de hotel, onde, com humor e emoção, eles revisitam suas trajetórias e refletem sobre as relações humanas. Desde sua estreia, em setembro de 2024, o espetáculo já foi assistido por mais de 25 mil pessoas em diversas cidades do país.

Em entrevista, o veterano ator, de 76 anos, define a montagem como uma verdadeira “comédia espelho”, na qual o público se reconhece nas situações vividas pelos personagens.

“A gente costuma brincar que esse texto é inescapável. O público não consegue escapar de se identificar pelo menos em algum momento do espetáculo de uma forma muito divertida”, afirma Fagundes.

O humor é, sem dúvida, um dos pontos fortes da peça. Entre risadas e reflexões, o público é convidado a pensar sobre temas universais que fazem parte do cotidiano de qualquer casal, sempre com leveza e descontração.

“Uma coisa a gente garante: de alguma forma, alguma coisa vai bater em alguém na plateia com esse espetáculo. É mais divertido ainda gargalhando, com essa peça o público realmente ri tanto que chega a aplaudir”, assegura o ator. Confira a entrevista completa:

- O que mais te atraiu nesse texto especificamente?
Antônio Fagundes:
O Gustavo Pinheiro é um grande autor de teatro. Nós já tínhamos visto uns dois ou três espetáculos dele antes dele escrever “Dois de Nós” e já estávamos apaixonados pela dramaturgia dele. Quando ele nos entregou “‘Dois de Nós” só veio a confirmar esse talento, essa essa força que ele tem como dramaturgo, principalmente para o público brasileiro. É um humor com carinho, com emoção, o que fez a gente não titubear na montagem desse espetáculo.

- Como você descreveria o enredo da peça para quem ainda não conhece?
AF:
A peça é basicamente sobre um casal que está voltando de uma festa de casamento, eles estão num quarto de hotel onde encontram outro casal trinta anos mais jovem. O público logo percebe que esse outro casal são eles mesmos, trinta anos mais jovens. Eles conversam sobre o que eles fizeram de certo ou de errado nesse período e isso é feito com muito humor. O público dá ótimas gargalhadas durante o espetáculo e se emociona muito também. A gente costuma brincar que esse texto é inescapável. O público não consegue escapar de se identificar pelo menos em algum momento do espetáculo de uma forma muito divertida.

- O que o público pode esperar de uma comédia no espelho?
AF:
É por isso que a gente chama esse texto de uma comédia no espelho. Porque você consegue se espelhar ao longo do espetáculo inteiro, qualquer que seja o momento da vida pelo qual você esteja passando. 

- Qual é a principal mensagem que a peça quer transmitir?
AF:
É uma peça que está sempre carregada de muitos sentidos, de muitas muitas vontades de que as pessoas saiam modificadas. Então é difícil destacar uma ou outra coisa que uma peça queira dizer porque vai depender realmente de como bate na pessoa que está na plateia. Mas uma coisa a gente garante: de alguma forma, alguma coisa vai bater em alguém na plateia com esse espetáculo. É mais divertido ainda gargalhando, com essa peça o público realmente ri tanto que chega a aplaudir.

- Como foi o processo de preparação para esse personagem?
AF:
Eu costumo dizer que você não consegue preparar um personagem no curto período que você tem de ensaio para um espetáculo. Então a preparação para um personagem acontece durante a sua vida inteira. Tudo que você observou durante a vida, tudo que você vivenciou, tudo que você leu, todos os filmes que você viu, as músicas que você ouviu, tudo na vida de um ator, ele carrega na preparação de qualquer que seja o personagem que ele venha a fazer e com esse não foi diferente.  Cada um de nós carregou para cena toda a sua vivência e isso enriqueceu esse processo de criação.

- Há algo desse personagem com o qual você pessoalmente se identifica?
AF:
 Sim. O fato de eu ter vivido esses últimos trinta anos e observado esses últimos trinta anos faz com que eu me identifique plenamente com o que é discutido na peça. O que não quer dizer que eu me identifique com o personagem, que eu tenha passado por aquele processo, mas eu me identifico sim com a época em que esses personagens viveram e transitaram.

- Quais desafios esse tipo de texto impõe ao ator em cena?
AF:
Eu acho que o desafio maior que esse texto propõe é a comédia. A comédia é sempre considerado um gênero de segunda categoria porque a comédia incomoda, comédia cutuca, comédia provoca. É realmente através da comédia que você consegue efetivamente modificar as pessoas. Uma pessoa que consegue rir de um problema já tem cinquenta por cento desse problema solucionado. Então fazer comédia é uma das coisas mais difíceis que existem em teatro, em televisão, em cinema. Você precisa ter uma atenção redobrada, precisa ter um conhecimento, uma expertise que poucos atores têm. Então tirar gargalhadas do público como a gente tira todos os dias é o maior desafio que esse texto nos propõe.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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