Conversas Cine Cult traz a Aracaju o crítico e diretor Kleber Mendonça
Entretenimento 14/01/2014 19h01 |Por Sílvio Oliveira
O crítico e diretor de cinema Kleber Mendonça Filho está em Aracaju a convite da produtora Cine Vídeo e Educação para participar do projeto Conversas Cine Cult, que acontece nas cidades de Aracaju, Natal, Salvador e Recife. O bate-papo com Kleber Mendonça Filho está sendo na Sociedade Semear, em Aracaju (SE), e terá como principal discussão o filme “O Som ao Redor”, primeiro longa de ficção exibido em 50 festivais no Brasil e exterior.
Kleber Mendonça (foto principal) conversou com F5 News sobre a questão do fomento do cinema fora do eixo Rio São Paulo e falou que encontros como este servem como um diálogo entre o cinema e o público.
Quanto ao fomento de produções fora do Sudeste do país, Kleber Mendonça ressalta que hoje há uma independência maior dessa região do que há 20 anos. “A ideia de produção cinematográfica estava restrita ao eixo Rio/São Paulo por questões financeiras e técnicas. Está um pouco mais descentralizada. Com uma política de realização e tecnológica se pode fazer boas produções e ajuda a quebrar essa ideia antiga de eixo Rio e São Paulo, termo quase caindo em desuso”, avaliou.
O diretor falou sobre a produção considerada regional, que é usada na atualidade como uma nomenclatura mais geográfica do que para intitular produção que efetivamente envolve o regionalismo. “A produção de Pernambuco não é mais regional, é pernambucana. E não tem outro termo melhor para definir. É quase uma nomenclatura geográfica, mas quando se fala em filme pernambucano, não significa maracatu, vaquejadas, cangaços. Talvez antigamente pudesse ser. A ideia de regionalismo está mais saudável hoje, produção pernambucana, do Ceará, de Minas Gerais”, destacou.
Segundo Mendonça Filho, projetos como o Conversas Cine Cult servem como espaço de troca de ideias, além de abertura de diálogo entre cinema e público. “A minha participação é a ideia de diálogo, do que palestra meio holograma. Troca de idéias. Lembro quando era estudante tive acesso a alguns diálogos, João Moreira Sales, Walter Sales, Guga Vieira, Walter Carvalho. Lembro das palestras e me marcaram. Foi uma boa troca de experiência”, afirmou.Ele disse estar envolvido com três projetos: Bacurau, Aquários e A Tripulação, o que, a seu ver, é saudável. “Tenho que apostar todas as fichas nesse projeto que acontece primeiro. Estou em Aracaju e ocupado ainda com O Som ao Meu Redor. E preciso ainda me livrar dele”, ressaltou.
Conversas Cine Cult
O produtor cultural e idealizador Roberto Nunes (foto acima) disse que a intenção do projeto é trazer a cada dois meses para Aracaju um pensador da área cinematográfica, que tenha um certo relevo na área. “Pessoas que tenham o que falar para pessoas que tenham interesse de trabalhar com cinema ou interesse pelo cinema de qualidade”, explicou.
Roberto Nunes ainda disse estar aberto para exibir produções de Sergipe no Conversar Cine Cult.
Foto: Sílvio Oliveira


Exposições, intervenções e instalações de arte e design acontecem até o dia 15

Obras de Maria Góes resgatam lembranças do sertão sergipano em delicados bordados

Evento ocorre em 25 de outubro no Sítio Terêncio

Artista sergipano destaca identidade afro e fortalece diálogos culturais no festival

Estreias trazem ação, drama, comédia e animação para todos os gostos nos cinemas e no streaming