No dia 12 de junho foi realizada a venda geral de ingressos para o show da cantora Taylor Swift. A expectativa era grande para os fãs que não tinham conseguido comprar o ingresso na pré-venda, que aconteceu nos dias 6 e 9 de junho. 

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O temor de não conseguir ingresso, mostrado por F5 News, se concretizou. Muitos fãs de Sergipe e ao redor do Brasil se frustraram nas tentativas de conferir os shows, programados para 18 de novembro no Rio de Janeiro e nos dias 25 e 26 em São Paulo. E um motivo em específico acabou deixando os admiradores da cantora ainda mais furiosos: os cambistas. 

“Sinceramente causa um sentimento de insignificância e indignação ao entrar na fila e ter mais de 220 mil pessoas na frente, e mais revoltante ainda é ver que antes de ter andado mil pessoas já estavam todos os ingressos em processo de compra, não sei nem como isso é possível", disse ao F5 News Luccas Ramos de Oliveira, de 25 anos, aluno do curso de formação de bombeiro militar.

“A T4F (Tickets For Fun) deveria tomar alguma atitude urgente sobre isso, pois gente que quer ver o show de verdade não vai conseguir ir por causa dessas pessoas que estão comprando e vendendo dez vezes mais caro. Lamentável”, desabafou. 

Paulo Rodrigues, de 19 anos, fã da “loirinha” há mais de dez anos, sentiu o choque de saber que cerca de 2 milhões de pessoas disputavam os ingressos com ele.  “Não consegui comprar. Minha colocação foi de 3,5 mil. Foi triste o sentimento de ver esgotando tão rápido, pois fiquei confiante de estar em uma posição razoável”, contou ao F5 News. 

No Twitter, os fãs questionavam: Por que mesmo em posições aparentemente favoráveis na fila, algumas pessoas já encontraram os ingressos esgotados? 

Vídeos foram compartilhados, trazendo relatos sobre como acontecia a venda de vários ingressos aos cambistas. Em um deles, um rapaz que ocupava a posição 19 na fila presencial questionou o esgotamento rápido e suspeito dos ingressos. 

Além disso, a disputa entre os cambistas e os “swifties” - como se autointitulam os fãs - causou revolta e apelos para que a situação fosse avaliada pelo Procon. 

“Em relação aos cambistas, eu acho que o Procon e a equipe da Taylor precisam tomar alguma providência. O que não pode é deixar como está”, disse ao portal a estudante Karen Marianne, 26 anos, que acompanha o trabalho da artista há quase 14 anos. 

“Acredito que, pela grande demanda, eles viram como uma oportunidade de se aproveitar das pessoas. Tem sites clandestinos vendendo até de 8 mil reais. A situação é horrível, mas sempre existiu isso. O problema é que está acontecendo de forma absurda e não tem absolutamente ninguém fazendo algo para mudar", afirmou ao F5 News Anthony Sátiro, estudante de Letras na UFS. 

"Houve casos de pessoas que foram até ameaçadas na fila em São Paulo e no Rio. Será que não tinha ninguém com autoridade vendo isso?”, questionou.   

O Procon de São Paulo notificou a T4F exigindo explicações sobre o problema nas vendas dos ingressos no Brasil. A empresa ainda não se pronunciou a respeito das suspeitas, nem sobre a demanda do órgão de defesa do consumidor.

Violência 

A compra presencial também causou tumulto com cambistas  Fãs de Taylor Swift emplacaram "T4F QUEREMOS RESPEITO" nos trendings topics do Twitter. As pessoas enfatizaram o descaso da empresa em relação à segurança de quem estava acampando no Allianz Parque (SP) e no estádio Nilton Santos (RJ), já que houve muitos relatos de invasão e agressão por parte dos cambistas. 

Novas chances

Depois de muitos pedidos, foram anunciados shows extras, para os quais os fãs ainda têm esperança de conseguir ingresso. No Rio de Janeiro, haverá mais um show em 19 de novembro e, em São Paulo, no dia 24 de novembro.  

As vendas começam no próximo dia 19, com a prévia para aqueles que possuem cartão C6 Bank Mastercard. Os demais terão que concorrer na venda ao público em geral, prevista para o dia 22 de junho.