Apontado na Lava Jato, André Moura afirma que não irá se intimidar
Política 02/05/2016 11h30 |Por Fernanda Araujo
Uma matéria da Folha de São Paulo citou o deputado federal por Sergipe André Moura (PSC) como um dos nove deputados e ex-deputados aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontados formalmente como investigados na Lava Jato, suspeitos de atuarem em conjunto para pressionar o grupo Schahin, denunciado na Justiça Federal sob suspeita de ter se beneficiado do esquema de desvios da Petrobras.
Segundo a reportagem da Folha, edição deste sábado (30), os aliados de Cunha foram incluídos como investigados junto a ele no último inquérito - sigiloso - aberto pelo Supremo Tribunal Federal contra o presidente da Câmara, na semana passada, pelos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
O deputado não foi localizado pela Folha para falar sobre o assunto, mas em nota enviada ao F5 News pela sua assessoria é citado um vídeo gravado para as redes sociais em que Moura afirma que não irá se curvar diante do que classifica como uma tentativa de intimidá-lo, em função da sua atuação na CPI da Petrobras e durante o processo de votação da admissibilidade do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Na qualidade de líder do Movimento Pró-impeachment, ele diz condenar a tentativa de intimidá-lo e que sabe que sofrerá perseguições, como já tem enfrentado, mas jamais desistirá.
“’Sei que estou fazendo o melhor para o país. Esta minha determinação se faz cada vez mais forte, principalmente diante dessas manifestações contra mim e contra minha família’, complementou. O parlamentar enfatizou ainda que, fosse ele alguém que temesse retaliações ou se acovardasse, já teria desistido da vida pública, e completou afirmando: ‘Quando vejo atitudes como essas, seja de manifestações públicas raivosas e ruidosas ou pela tentativa de intimidar através do papel e da caneta, eu sei que estou no caminho certo. Não irei me intimidar, não irei me curvar’”, diz a nota.
O caso
De acordo com a Folha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “suspeita que os parlamentares apresentaram requerimentos e atuaram na Câmara dos Deputados para pressionar o grupo Schahin, por causa de uma disputa com o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, que é próximo a Eduardo Cunha”. Lúcio Bolonha Funaro também é investigado pela Justiça Federal. A disputa entre Funaro e a Schahin teria sido por uma hidrelétrica em Rondônia, a qual a Schahin foi contratada pela Centrais Elétricas Belém (Cebel) para tocar a obra.
No entanto, uma barragem rompeu quando estava próxima a finalização da obra. “Funaro representa a Cebel em um procedimento arbitral no qual cobra prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão da Schahin. Segundo Janot, depois desse caso, aliados de Cunha passaram a frequentemente apresentar requerimentos de convocação e solicitação de documentos contra a Schahin, com o objetivo de pressionar a empresa pelo pagamento do prejuízo”, diz a reportagem. Alguns dos requerimentos foram feitos em 2009 e no ano passado, este pela CPI da Petrobras, quando Janot relata que os dirigentes da empresa foram “humilhados” pelos deputados, e dentre os mais agressivos estava André Moura e Altineu Côrtes (PMDB-RJ).
Foto: arquivo F5 News


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