Em Aracaju, Haddad diz que o único plano do PT é eleição com Lula
Candidato a vice defende imparcialidade da Justiça, reforma tributária e previdências estaduais Política | Por Will Rodriguez 22/08/2018 12h55 - Atualizado em 22/08/2018 12h58 |O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), atual candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a análise de cientistas políticos sobre uma possível dificuldade em manter o bom desempenho nas urnas diante de uma eventual impugnação da candidatura do ex-presidente. Durante agenda nesta quarta-feira (22) em Aracaju, Haddad disse que a única estratégia da legenda é garantir a vitória ainda no primeiro turno.
Uma pesquisa do Ibope divulgada no começo desta semana aponta que o potencial de transferência de votos de Lula para Fernando Haddad tem um teto relativamente baixo até o momento. Quatro em cada dez eleitores do ex-presidente afirmam que não votarão no ex-prefeito de São Paulo "de jeito nenhum", caso Lula sejam impedido de disputar as eleições.
No subsolo da campanha, articuladores afirmam que os petistas insistem na candidatura de Lula como estratégia de narrativa para beneficiar Haddad com uma possível transferência de votos, uma vez que o ex-prefeito paulista aparece nas pesquisas com quatro pontos percentuais e é tido como “pouco conhecido” pelos eleitores do Nordeste, reduto eleitoral petista.
Ao lado da comunista Manuela D’ávila, que pode vir a se tornar candidata a vice na chapa, Haddad afirmou que esse não é o momento de discutir uma eventual necessidade de convencer os simpatizantes de Lula. “Nosso único plano é eleger Lula e as pesquisas mostram que isso é possível ainda no primeiro turno”, respondeu quando questionado pelo F5 News, em meio a uma pequena multidão de militantes concentrados na sede do partido no centro da capital sergipana.
Reformas
Durante a coletiva, Fernando Haddad defendeu uma reforma tributária que, segundo ele, fará com que quem ganha mais pague mais impostos e quem tem rendimentos menores, tenha a carga tributária reduzida. “Nós não queremos arrecadar mais, queremos arrecadar melhor”, disse o candidato, que também acredita na necessidade de “redução dos juros bancários para voltar a ampliar o acesso ao crédito no país”, como fez o ex-presidente Lula em seus dois governos.
Ao comentar a aceitação de uma ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público de São Paulo por irregularidade na construção de trecho de ciclovia na capital paulista, Haddad declarou não ver “problema desde que a Justiça seja imparcial, como tem sido no meu caso até o momento. Com o Lula, por exemplo, não foi porque no processo não há uma prova de crime”.
Também acompanhado do governador Belivaldo Chagas (PSD), candidato à reeleição, e do candidato ao Senado Jackson Barreto (MDB), o petista adiantou que, caso seja eleito, vai barrar a proposta de reforma da previdência para discutir a “repactuação dos regimes (previdenciários) próprios de cada Estado, porque a maioria não consegue pagar a folha atualmente”.


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