Gilmar diz que próximo governador pegará o Estado quebrado
Ele teme que empréstimo de R$ 1 bilhão inviabilizará futura gestão Política 12/09/2012 09h57 |Por Joedson Telles
O deputado estadual suplente e radialista Gilmar Carvalho (PR) denunciou, na manhã desta quarta-fera 12, em seu programa na Ilha FM, que o governador Marcelo Déda (PT) envia à Assembleia Legislativa, até a próxima segunda-feira 17, um Projeto de Lei solicitando a autorização da Casa para que o Estado tome um empréstimo de R$ 1 bilhão que, segundo ele, pode inviabilizar até a gestão do próximo governo, a partir de 2015. Gilmar apela aos deputados estaduais para levarem isso em consideração na hora que forem votar a matéria.
“Quantos empréstimos o governo Déda já pediu? E o próximo governador, qual vai ser a capacidade de endividamento que ele terá para administrar o Estado? Nós precisamos visar Sergipe como um Estado do presente para o futuro, porque se não seremos uma verdadeira tragédia, maior do que essa. O prefeito Edvaldo Nogueira vai deixar a Prefeitura de Aracaju, no dia 31 de dezembro, arrumadinha. Com as finanças todas em dias. Déda vai deixar o Estado falido para o próximo governador passar dois anos, no mínimo, ajeitando a situação para poder então organizar as finanças do Estado”, assegurou.
Gilmar observou que o então secretário da Fazenda do governo Marcelo Déda, Nilson Lima, todas as vezes que ia à Assembleia Legislativa prestar contas das finanças do Estado, o que acontece a cada três meses, sempre “assustava” os deputados de oposição por mostrar que o Estado tinha cada vez mais dinheiro em caixa. “A última vez que Nilson Lima como secretário da Fazenda foi sabatinado pelos deputados estaduais apresentou números que comprovavam que naquela época o Estado tinha R$ 1 bilhão em caixa”, disse Gilmar.
Segundo Gilmar Carvalho, depois que Nilson Lima deixou o governo as finanças foram caindo, embora a arrecadação de ICMS tenha aumentado. “Da ultima vez que o secretário da Fazenda ( o atual João Andrade) se reuniu com a direção do Sindifisco, há cerca de um mês, disse que, no mês de julho, teve que raspar o tacho para pagar o salário dos servidores. Quem tinha R$ 1 bilhão em caixa, deveria estar hoje com 2 ou 3 bilhões em caixa, hoje raspa o tacho para pagar o salário do servidor...”, analisou.
Gilmar salientou ainda que há a obra do Hospital Regional de Saúde de Nossa Senhora da Glória que é uma verdadeira esculhambação administrativa. “Não é da direção do hospital, é do governo do Estado porque a reforma já vai para mais de cinco anos. Juscelino Kubitscheck construiu Brasília inteira em três anos. Déda não conseguiu completar a obra de reforma do Hospital de Glória, que deve ser maior que toda Brasília, em mais de cinco anos. Aí anuncia que vai mandar para a Assembleia um pedido de autorização para contrair um empréstimo em torno de R$ 1 bilhão”, lamentou.
O radialista prometeu fazer um levantamento do montante que já foi tomado emprestado pelo governo do Estado. “Para isso, peço ajuda do meu amigo Nilson Lima que é especialista, que foi um ótimo secretário da Fazenda, que é prudente nas suas declarações, que não faz oposição por oposição. Chamo a atenção dos senhores deputados estaduais. Eu, deputado estadual, votaria contra porque não pode se pensar no Estado como se ele fosse acabar dia 12 de setembro. O Estado já deve demais e não é prudente continuar tomando dinheiro emprestado e quebrar o Estado ainda mais. Quebrar para dizer que a culpa é do próximo governador?”, indagou.


Pena se aplica ainda a quem permitir, e aumenta se animal morrer


Governador de Sergipe critica articulações políticas da prefeita de Aracaju e diz que base aliada pode deixar de apoiar a gestão municipal

Jornalística Carlos Ferreira reagiu à críticas da deputada contra a gestão

Vereadores pretendem apurar aplicação dos recursos do Município