Por Joedson Telles

“Há estímulo à corrupção eleitoral. A forma é engessar o candidato”

As leis e normas que ditam as campanhas eleitorais que estão nas ruas de Aracaju tentando persuadir eleitores a votar em candidatos a prefeito e vereadores, no próximo dia 7 de outubro, são alvos de críticas por parte dos vereadores Jailton Santana (PSC) e Rosângela Santana (PT). Na sessão desta quinta-feira 20, da Câmara Municipal de Aracaju, Rosângela usou a tribuna e afirmou que “chegamos a um processo de criminalização da democracia”.  Para ela, os candidatos não têm mais espaço para fazer o debate político. “E isso é perigoso”, acredita. Jailton Santana, por sua vez, afirmou que “há um estímulo à corrupção eleitoral. A forma é engessar o político”.     

Segundo Jailton Santana, nestas eleições, é comum o candidato marcar uma reunião em um bairro para levar suas propostas, reunir 15 pessoas, mas quando deixar claro que não adota a prática da compra do voto, explicando que se trata de crime eleitoral, terminar a mesma reunião com três ou quatro pessoas. O vereador acredita que isso acontece porque há candidatos que compram votos. Jailton entende que o uso de mini-trio, por exemplo, que está proibido sob o argumento de produzir poluição sonora, poderia ser liberado em determinados horários, facilitando a comunicação candidato/eleitor.  

Já Rosângela acredita que, ao proibir os chamados showmícios, a legislação acabou afastando os candidatos dos eleitores. “Preocupo-me com a jurisdicionalização. Os showmícios davam oportunidade para o povo ver o show. O debate está restrito à TV. O político está se distanciando do eleitor”, disse, lamentando também a proibição do uso de mini-trio.