Marina Silva e Geraldo Alckmin minguam na eleição presidencial | F5 News - Sergipe Atualizado

Eleições 2018
Marina Silva e Geraldo Alckmin minguam na eleição presidencial
Polarização agravou as dificuldades de candidaturas do centro
Política | Por Agência Brasil 07/10/2018 21h21 |


A polarização entre as candidaturas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), prevista em levantamentos de intenção de voto de diferentes institutos de opinião durante a campanha eleitoral, agravou as dificuldades de candidaturas que se posicionavam ao centro.

"O caminho do meio se esvaziou. Essa eleição esvaziou o centro", analisa o cientista político Joviniano Neto, professor da Universidade Federal da Bahia.

A apuração mostrou, com 96% dos votos apurados, que Geraldo Alckmin (PSDB) tem 4,8% dos votos e Marina Silva (Rede) tem 1%, ficando abaixo de Cabo Daciolo (Patriota). Os dois nomes, que já se candidataram em outras campanhas presidenciais e ocuparam postos de relevância, não conseguiram projeção nesta eleição.

Na avaliação Joviniano Neto, Marina Silva "perdeu intenção de votos quando Fernando Haddad foi indicado do PT". Também pesou contra a candidata da Rede a falta de estrutura partidária e a "imagem de fraqueza física que Marina passa". 

Para Rui Melo, psicólogo especialista em pesquisas de grupo focal, "Marina sempre teve imagem de frágil". Nesta campanha, "ela adotou um discurso pouco degustável. As pessoas não sabiam o que ela estava propondo".

Segundo o especialista, a dificuldade de compreensão também prejudicou Geraldo Alckmin (PSDB), "que fez uma pesquisa muito focada no marketing político, num momento em que a campanha foi movida pela cobertura jornalística".

De acordo com Joviano Neto, o mau desempenho de Alckmin fragiliza o PSDB e deve repercutir no comando do partido, a depender do 2º turno na disputa pelo governo de São Paulo. Para o especialista, há risco do PSDB, assim como as legendas que formam o centrão, "tornar-se caldatário de um partido que Bolsonaro possa formar com parlamentares ligados às igrejas evangélicas, à indústria armamentista e ao agronegócio".

Entre vítimas

José Álvaro Moisés, diretor do Núcleo de Pesquisas de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), aponta que "houve uma onda conservadora nessas eleições", que os eleitores votaram em "ambiente de indignação" e que as candidaturas de centro "não conseguiram se apresentar como alternativa para sair da política tradicional".

Na opinião de Moisés, a campanha transcorreu entre o discurso de vitimização de Lula, "como fosse perseguido pela política", e a situação de vitimização de Jair Bolsonaro que sofreu um ataque a faca em agosto ao participar de ato de campanha.

Para caminhar para o centro, o cientista político espera que no 2º turno, Fernando Haddad e Jair Bolsonaro expliquem melhor, e "em detalhe", suas propostas e aspectos que desdobram dos posicionamentos políticos. "É preciso que Bolsonaro explique falas antidemocráticas e que Fernando Haddad explique o envolvimento do PT com a corrupção".

Mais Notícias de Política
Antonio Augusto/STF
12/09/2025  12h01 Condenado, Bolsonaro ainda responde a outro processo no STF; entenda
Condenados podem recorrer da decisão
Joedson Alves/Agência Brasil
12/09/2025  07h30 Bolsonaro e aliados deverão pagar R$ 30 milhões pela depredação no 8/1
Condenados deverão ajudar a pagar prejuízos de vândalos
Reprodução
11/09/2025  17h58 Senador Laércio destinou R$ 800 milhões para Sergipe
Valor foi investido em saúde, infraestrutura, segurança, agricultura e geração de emprego
Luis Nova/Especial Metrópoles
11/09/2025  17h31 Entenda quais recursos Bolsonaro pode apresentar se condenado
Possibilidade de apresentação de recursos depende de resultado final do julgamento na Primeira Turma do STF
Gustavo Moreno/STF
11/09/2025  15h55 STF forma maioria para condenar Bolsonaro por organização criminosa
Ministra Cármen Lúcia acompanha Moraes e Dino

F5 News Copyright © 2010-2025 F5 News - Sergipe Atualizado