“Só falta o governo parar as pessoas nas ruas e tomar o dinheiro"
Eduardo Amorim critica empréstimos do Governo do Estado Política 24/08/2015 07h37 |Por Joedson Telles
Voz vencida na Assembleia Legislativa, a oposição ao governo Jackson Barreto tem na Ação Direta de Inconstitucionalidade que a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) dará entrada no Supremo Tribunal Federal, ainda esta semana, a esperança de proteger os depósitos judiciais. Hoje, após a aprovação de um Projeto de Lei do próprio Poder Executivo, o Governo do Estado só precisa da óbvia sanção do governador Jackson Barreto (PMDB) para colocar a mão em 70% dos depósitos judiciais – algo em torno de R$ 500 milhões. Líder da oposição, o senador Eduardo Amorim (PSC) foi irônico, ao comentar a polêmica. “Só falta o governo parar as pessoas nas ruas e tomar o dinheiro. ‘Opa. O que você tem aí? Passe para cá.’ Uma vergonha. Isso é confisco”, definiu.
De acordo com o senador, o Governo do Estado não apresenta outra alternativa para os problemas que ele mesmo criou a não ser sacrificar o povo de Sergipe que pagará todos estes empréstimos. “Empréstimo, empréstimo, empréstimo... o governo vive tomado dinheiro emprestado, mas quem toma tem que pagar. E os juros são altos. A situação difícil que vive o estado do Rio Grande do Sul é fruto dessa mesma ideia de tomar um empréstimo atrás do outro. Sergipe caminha para o mesmo problema. É muito grave. Além das mazelas que o povo já paga, sem saúde, educação, segurança... agora quer que o povo pague com os depósitos judiciais. Porque o dinheiro está sendo confiscado. O Estado vai lá e mete a mão e pronto”, lamentou o senador.
Eduardo Amorim avalia que em vez de sacrificar, mais uma vez, o contribuinte com empréstimos, o Governo do Estado deveria dar o bom exemplo e cortar na carne. “Por que não corta o orçamento? O número de cargos comissionados? Não. Só sacrifica o povo. Raspar as contas dos depósitos judiciais, além de prejudicar os donos do dinheiro, pode quebrar o Banese, que movimenta cerca de 70% dos depósitos judiciais, que totalizam mais de R$ 1 bilhão e 70% de tudo isso está depositada no Banese. Vai tirar a liquidez do Banese. Vai levar o Banese à falência para depois dizer que vai vender porque é inviável”, diz Eduardo Amorim. “Como estão levando a Deso à falência para vender também.”


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