Sukita nega que assinou documento do PSB renunciando a candidatura | F5 News - Sergipe Atualizado

Sukita nega que assinou documento do PSB renunciando a candidatura
“Houve covardia do PSB...não tem força humana que me faça renunciar”
Política 03/09/2014 13h00 |


Por Fernanda Araujo

Após ter o registro de candidatura negado ontem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em entrevista à Rede Ilha FM, o ex-prefeito da cidade de Capela (SE), Manoel Messias Sukita, negou que tenha assinado documento renunciando à candidatura que foi apresentado ao pleno pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Sukita afirmou que o documento é fraudulento e que a atitude do partido foi covarde.

Em 09 de agosto, o PSB havia apresentado um termo de renúncia supostamente assinado pelo candidato e por duas testemunhas. No mesmo dia, Sukita apresentou pedido de retirada da renúncia, afirmando que o documento do partido não representava mais a sua vontade e pediu que o pleno reconsiderasse. O requerimento foi julgado e considerado válido pelo desembargador, já que o candidato mudou de vontade em tempo hábil, antes do julgamento da renúncia. No entanto, por conta de um agravo regimental requerido pela coligação adversária, a renúncia foi considerada válida por unanimidade, após recurso da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/SE).

De acordo com Sukita, o documento de renúncia não foi assinado por ele já que no dia 9 de agosto ele estava preso. “O documento não tem procuração assinada por mim, não tem firma reconhecida, nunca tratei desse assunto com nenhuma das testemunhas. Só quero que hoje, quando nós dermos entrada no TRE com recurso, mostrar ao Poder Judiciário do nosso estado de que preso não faz acordo, preso só pode ser representado pelos seus advogados, eu não tenho nenhum advogado que tenha colocado algum documento no TRE dizendo que eu renunciei”, assegura.

Sukita alega que o partido foi covarde no sentido de ter apresentado a renúncia, sendo que essa atitude é de cunho da coligação partidaria. "O que não pode são os meus amigos me deixarem no meio da rua, na prisão”, disse ele, exigindo que o partido retire o documento e se retrate.

“Não tem força humana que me faça renunciar. O meu projeto existe pelo respeito e carinho que o povo tem por mim, eu não luto em benefício próprio, luto por uma causa. Se um dia eu tiver vergonha de ser um homem público, eu mesmo saio da política”, afirmou.

Ele lamenta as humilhações sofridas mesmo tendo sido, a seu ver, o melhor prefeito que o estado teve nos últimos dez anos. “Eu quero que meu partido tenha serenidade e coerência porque esse imbróglio não se faz necessário. Nunca atrapalhei meu partido em nada, honrei as cores da bandeira. Exijo respeito e que meus direitos sejam respeitados”, completa.

Sobre uma possível perseguição dentro do partido ao qual é filiado, ele afirma que não sabe a quem interessa a sua ruína política. Apenas declara que deveria ser tratado melhor, inclusive pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB), pelo qual diz ter admiração. “Eu não tenho como responder se o senador está contra ou a favor, o fato é que eu estou hoje com uma decisão judicial que cassa a minha candidatura e que foi construído por membro do partido. A sociedade sergipana precisa cobrar do Ministério Público que faça justiça, não perseguição, e não sirva de instrumento para acabar com a carreira de um cidadão”.

PSB

De acordo com a assessora de comunicação do PSB/SE, Eliz Moura, se o documento não foi assinado por Sukita, a lógica seria ele denunciar no dia em que a renúncia foi protocolada.

“Até ontem Sukita vinha alegando publicamente, inclusive o advogado Manoel Cacho disse à Rede Ilha, que a decisão do PSB foi colegiada, não representava a vontade pessoal de nenhum membro e que não havia qualquer contestação para aquela assinatura naquele momento. Em nome do PSB, quero pedir desculpas à Justiça Eleitoral porque a declaração de Sukita é de uma gravidade enorme. Sukita foi julgado por sete desembargadores, ele está imputando à Justiça Eleitoral a responsabilidade de estar validando uma fraude. O segundo ponto é imputar à Justiça a participação de uma fraude que teria sido manipulada por um partido político. Sukita sofreu uma resistência muito grande dentro do partido, existiram várias reuniões para decidir a situação e Sukita foi quem se propôs a renunciar em caso de haver uma nova prisão”, ressalta.

Foto: arquivo F5 News

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