Por Laís de Melo

Suspensão de leilão de hospital é boa notícia para o povo, diz Agnaldo

O vereador Agnaldo Feitosa (PR) ressaltou durante o pequeno expediente na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), nesta quarta-feira (26), a notícia alvissareira, segundo dele, da suspensão do leilão que colocaria à venda o Hospital Regional Amparo de Maria, devido a dívidas trabalhistas de quase R$ 8 milhões. O parlamentar reiterou que, de acordo com o reforço de alguns deputados estaduais e do senador Eduardo Amorim, no Tribunal Regional Federal da 5ª região, em Recife, o Hospital não poderia parar de funcionar.

Segundo Agnaldo, os deputados e o senador mostraram aos desembargadores que a instituição faz mais de três mil cirurgias por ano, quatro mil partos, além de um número elevado de exames. “Se fosse fechado, no mínimo, nos entraríamos em colapso no atendimento aqui em Aracaju, visto que aquele hospital atende a uma região de mais ou menos 360 mil pessoas, e ainda o limite com algumas cidades baianas”, explicou.

 O leilão foi suspenso por tempo indeterminado com permissão para reabrir só quando for regulamentado todo o Pro SUS, que é um projeto do governo federal para o perdão de dividas, inclusive trabalhistas, das Santas Casas de Misericórdia. Mas, para o vereador, o mais seguro seria o cancelamento desse leilão. “Nós já deveríamos ter pago essas dívidas. Mas de alguma forma o leilão foi suspenso e isso é uma noticia boa. O hospital Amparo de Maria, seus funcionários, os profissionais médicos, todos os pacientes estão um pouco felizes, porque sabem que o hospital não vai fechar”, disse Agnaldo.

Para o vereador, o hospital estava correndo o risco de ser vendido à iniciativa privada, que poderia não aceitar trabalhar com o SUS. “E aí sim esses pacientes, os quatro mil partos por ano e mais de 3.500 cirurgias viriam todas para Aracaju, que é o destino dos partos de risco e de onde não tem hospital regional. Nós entraríamos em colapso”, reforçou.

Agnaldo acredita que o governo poderia assumir a dívida e dar um tempo. “Como é o próprio projeto Pro SUS, que viabiliza em 15 anos que a instituição reponha essa dívida e aí sim manteria funcionando. Depois de 15 anos avaliaríamos a necessidade ou não de quitação dos débitos anteriores”, finalizou.

Foto: Câmara Municipal de Aracaju