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Eleições 2020
Veja as profissões mais comuns entre os candidatos em Sergipe
Cerca de 300 candidatos declararam ocupações ligadas à área da saúde no estado
Política 22/10/2020 10h30 - Atualizado em 22/10/2020 14h29 |


Administrador foi a profissão declarada pelos candidatos em Sergipe que mais cresceu, em pontos percentuais, entre 2016 e 2020: 1,37. Em 2016, apenas 58 candidatos afirmaram seguir a ocupação, o que representava 0,99% dos concorrentes. Já, neste ano, o número saltou para 164, 2,35% do total. É o que aponta levantamento da Rádio UFS FM, a partir de dados do repositório do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Depois da administração, as ocupações com maiores aumentos proporcionais nos últimos quatro anos foram: motorista de veículos de transporte coletivo de passageiros (0,43 p.p), técnico de enfermagem e assemelhados, exceto enfermeiro (0,38 p.p), trabalhador rural (0,31 p.p) e músico (0,30 p.p).

Agricultor (-1,85), servidor público municipal (-1,51), estudante, bolsista, estagiário e assemelhados (-1,14), dona de casa (-0,57) e comerciário (-0,45) estão entre as ocupações que, em pontos percentuais, registraram as maiores reduções nas eleições municipais deste ano.

Apesar da queda, a profissão de agricultor é, em número absoluto, a mais frequente no pleito de 2020, com 541 candidatos, seguido de vereador, 470; comerciante, 334; servidor público municipal, 313; e dona de casa, 248.

Comparando os dados acima com 2016, observa-se que houve mudanças apenas na ordem de algumas das profissões mais declaradas: agricultor, 566; vereador, 418; servidor público municipal, 353; comerciante, 305; e dona de casa, 243.

Em 2020, as ocupações mais comuns, em número absoluto, entre os postulantes aos cargos de prefeito no estado são: prefeito (26), advogado (21), vereador (14), comerciante (13) e agricultor (11). Entre os concorrentes a vice-prefeito, destacam-se: vereador (35), empresário (21), agricultor (20), comerciante (16) e aposentado (12).

Já, entre os candidatos a vereador, as profissões mais comuns são: agricultor (510), vereador (421), comerciante (305), servidor público (298) e dona de casa (242).

Aumento de candidaturas ligadas a áreas da saúde

Em Sergipe, pelo menos, 300 candidatos declararam ocupações ligadas à área da saúde, como médico, enfermeiro e psicólogo. Isso representa um aumento de 49,50% em relação a 2016. Já, no Brasil, o aumento foi de 23,17%. Ao menos, 19.532 postulantes ao executivo e legislativo municipal, em âmbito nacional, afirmaram atuar em profissões da saúde.

Segundo o professor de Ciências Sociais da Universidade Federal de Sergipe, Marcelo Ennes, há uma relação entre o aumento de candidaturas de profissionais de saúde aos cargos políticos nas eleições deste ano e a pandemia do novo coronavírus, “embora essa relação nem sempre apareça”.

Para o sociólogo, a exposição positiva dos profissionais dessa área, até como heróis, na televisão, rádio e redes sociais, acaba sendo capitalizada pela população em geral, de maneira simbólica, e utilizada por esses profissionais como um recurso para a disputa do pleito deste ano.

Não é de hoje que a visibilidade e o prestígio de determinadas profissões levam os profissionais da área a concorrer às eleições. O exemplo mais recente foi o do atual presidente da República, que utilizou fortemente sua relação com as Forças Armadas nas eleições de 2018, “como uma maneira de se capitalizar eleitoralmente e politicamente”. Ennes acrescenta que “no imaginário social essas profissões são ora representadas positivamente, ora negativamente” e que “os profissionais da saúde e segurança têm sido representados positivamente”.

De acordo com o sociólogo, uma composição heterogênea de profissões fortalece o processo eleitoral. Embora o professor sugira uma pesquisa, ele acredita que os candidatos utilizam o seu vínculo profissional somente no período eleitoral e “essa heterogeneidade eleitoral é minimizada, diminuída após as eleições”.

A profissão do candidato é um dos elementos a serem conhecidos pelos eleitores, mas não o único, afirma o sociólogo. No entanto, o político pode não seguir a carreira política baseada na profissão, pois o momento de pós-eleição “pode colocar outras questões, prioridades, os arranjos políticos, as composições partidárias, etc, que vai, talvez, diminuir a importância da profissão”.

 

Fonte: Ascom Rádio UFS

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