17 de Março: Retirada dos invasores gera tumulto e confusão
Segundo eles, além da residência, o auxílio moradia está atrasado Cotidiano 06/11/2012 16h10 |Por Míriam Donald
Desmaios, mulheres passando mal, crianças chorando, pessoas sem moradia. Essa foi a situação encontrada no bairro 17 de Março diante da ordem que a Guarda Municipal e a Tropa de Choque lideradas pelo Major Edênisson receberam, de retirar famílias que invadiram as casas construídas pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). A Invasão começou na tarde do último sábado (03) e domingo (04) quando mais de 100 pessoas se apropriaram das moradias.
No início da desocupação, alguns moradores agiram normalmente enquanto a guarda prosseguia de forma pacífica, mas, após minutos, alguns moradores relutaram em sair e mulheres passaram mal quando algun
s guardas foram mais incisivos. Uma delas chegou a necessitar de socorro e foi levada pelo carro da tropa de choque.Segundo um colaborador de projetos sociais do local, Valter Duarte, mais de 200 cadastros foram comprados por algumas pessoas e estas ganharão a casa de quem está legalmente inscrito. “Eles querem a casa deles e o secretário Bosco Rolemberg disse que não é pra ninguém ficar e as pessoas não têm para onde ir. É uma situação extremamente difícil e complicada”, diz.
Ele ainda informa que as pessoas foram orientadas a ter um comportamento pacífico, porém, movidos pela revolta, alguns antecipam a disposição de permanecer no local, podendo resultar em violência.
Sem saber o que fazer diante da situação, a egressa da área de risco Arrozal Marília Nascimento diz que seu auxílio moradia está atrasado e alerta que somente os termos de adesão com o carimbo estão recebendo o auxílio e que a promessa feita pela Prefeitura foi de que futuramente ganharia uma casa. “Estamos na casa de parentes, não temos para onde ir”.
Na mesma situação, Maria de Souza (foto acima) mora com mais três pessoas da família, provou que tem direito à casa através do documento recebido e seu auxílio moradia também está atrasado. Já dona Benedita dos Santos diz que não vai sair do local e que vândalos invadiram as casas e estão levando os objetos que fazem parte da residência, inclusive portas. “Muita mentira que nos disseram. Ninguém aqui é marginal, temos famílias para sustentar e não sairemos de jeito nenhum”, declara.
O bairro construído pela PMA tem a proposta de acomodar antigos moradores das invasões Arrozal, Água Fina, Marivan e Morro do Avião, entre outras. Indignados, moradores relembraram quando suas casas foram demolidas e, assim, receberam um termo de adesão para auxílio moradia além da promessa de que receberiam novos imóveis.
Ainda nesta terça-feira, haverá uma reunião no Espaço Alternativo, localizado no bairro Santos Dumont, com mais de 400 pessoas, inclusive as que compraram as casas. Ainda de acordo com Valter Duarte, elas querem o dinheiro de volta, pois alegam terem sido enganadas.


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