Dentro do Fevereiro Roxo, a Secretaria Municipal de Saúde desenvolve várias ações de conscientização sobre o Alzheimer, um transtorno neurodegenerativo que afeta a memória e compromete progressivamente as atividades da vida diária.
 
Apesar de ser uma doença sem cura, é possível ter qualidade de vida quando o tratamento é iniciado logo no primeiro estágio. “Existe uma série de outras doenças, também crônicas e degenerativas, como diabetes, e a gente consegue manter o paciente com convívio social e com um impacto menor também para a família. Se os déficits de memória estão sendo frequentes, se os lapsos comportamentais estão chegando, é importante procurar logo um profissional, porque a gente tem mais facilidade para colocar um freio em uma doença que estiver no começo”, explicou o neurologista Marcos Aurélio Alves, do Cemar.
 
Uma das razões para esse atraso no diagnóstico, de acordo com o neurologista, é pela confusão dos sintomas. “A gente enfrenta um retardo muito grande no diagnóstico porque as pessoas nos procuram com a doença em fase moderadamente avançada ou avançada, porque confundem os sintomas de esquecimento com o envelhecimento”, citou.
 
O Ministério da Saúde divulgou que até 2050, a projeção é que 5,6 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no país. O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo  que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, além do comprometimento progressivo das atividades de vida diária. A melhor forma de prevenção é manter a mente ativa, e há exercícios bem divertidos para isso como ler, fazer exercícios matemáticos, jogos inteligentes, além de manter uma alimentação saudável e, claro, atividades em grupo.

Reprodução/Pixabay

Tratamento

De acordo com o neurologista, atualmente existem quatro medicamentos para o controle do Alzheimer, todos eles ofertados pelo Sistema Único de Saúde. “O SUS disponibiliza tratamento gratuito. Então, não é falta de tratamento, é falta de buscar o diagnóstico precoce. Por isso é importante alertar a população sobre essa busca pelos profissionais de saúde nos primeiros sinais”, alertou.