Um homem foi preso de forma preventiva nesta terça-feira (16), em Sergipe, investigado por aplicar golpes que causaram prejuízos de ao menos R$ 185 mil, utilizando dados pessoais e a biometria facial de sua própria prima para firmar contratos fraudulentos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pela Polícia Civil.

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De acordo com a delegada Lauana Guedes, as investigações tiveram início em abril, quando a vítima descobriu que havia um veículo registrado em seu nome, cujo contrato havia sido feito de forma fraudulenta. “O golpista, que é primo da vítima, teve amplo acesso ao celular dela e conseguiu obter seus dados pessoais e até a biometria facial para realizar o contrato de financiamento”, explicou.

A delegada Suirá Paim acrescentou que o contrato fraudulento foi firmado por meio eletrônico, com assinatura diretamente no dispositivo da vítima. “O suspeito tinha acesso ao celular por relação de confiança e parentesco. Esse tipo de golpe exige um aparato grande e não é tão comum, pois envolve várias etapas complexas de coleta de dados”, detalhou.

Com o contrato ilegal, o investigado passou a utilizar o veículo enquanto a vítima sofria prejuízos, recebendo cobranças bancárias. “Houve até ação judicial de busca e apreensão, momento em que a polícia identificou que o carro estava no nome dela, embora não fosse a proprietária do bem”, informou Lauana Guedes.

A vítima só percebeu o golpe após receber comunicações do banco com o qual o investigado havia firmado o contrato. “Muitas vezes, pessoas ignoram avisos de instituições financeiras, achando que se tratam de trote, e só percebem o problema quando ações cíveis já estão em andamento”, alertou Suirá Paim.

Durante o inquérito, o Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri) confirmou que o investigado foi responsável pelo acesso aos dados da vítima e pela prática do golpe. “Ele já vinha atuando dessa forma há algum tempo, é contumaz nesse tipo de crime e responde a outros processos de estelionato em diferentes estados, dentro de um esquema financeiro nacional”, completou Lauana Guedes.

Orientações e denúncias

A delegada Suirá Paim reforçou que é fundamental proteger dados pessoais, especialmente em dispositivos que armazenam informações bancárias e biométricas, e evitar acessar links desconhecidos.

A Polícia Civil solicita que outras eventuais vítimas do investigado procurem o Depatri para registro de boletim de ocorrência. Informações e denúncias podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia, pelo telefone 181, com sigilo garantido.