Por Marcio Rocha

Bebê de três meses morre carbonizado em Porto da Folha

A ausência de um transformador, mesmo tendo rede de energia elétrica na região, faz com que moradores do povoado Campinas, município de Porto da Folha, tenham que viver com sob as luzes de lampiões e lamparinas (candeeiros). A falta de abastecimento leva as pessoas a buscarem água em poços artesianos de vizinhos ou municipais.

Estes dois fatores culminaram com a morte de um bebê de três meses de idade na noite desta quarta-feira (24), vítima de carbonização por um incêndio provocado pela queda de uma lamparina a óleo. João Vítor Gomes Ferreira estava em seu berço, por volta das 21 horas, quando chorou e sua irmã de cinco anos foi ver o que se passava com o garoto. Para enxergar, a criança pegou a lamparina que estava sobre o armário e foi até o berço, quando perdeu o equilíbrio, derrubou o candeeiro, cuja chama caiu em cima do berço e imediatamente o fogo passou a consumir o local onde João Victor estava.

A criança correu pedindo socorro aos vizinhos e foi chamar os pais, que estavam pegando água na casa de uma vizinha, pois também não há água encanada no povoado. O agricultor Adeílton José Ferreira informou que estava a cerca de 100 metros da residência, quando a menina chegou avisando que o berço estava em chamas. O pai tentou socorrer o filho que estava completamente carbonizado. João Vítor foi retirado e deu o último suspiro nos braços do pai, morrendo em seguida.

O pai solicitou a presença do Instituto Médico Legal, após policiais militares verificarem o local da ocorrência. Adeílton destacou para o radialista Evenílson Santana, que se a Energisa, empresa que fornece energia elétrica para a cidade, tivesse colocado um transformador na rede elétrica do local, cujas casas estão preparadas para receber energia elétrica, não precisaria usar iluminação com combustível, o que teria evitado a morte de João Vítor.