"Bico é um vício para policiais militares"
Militares afirmam que escala impede bicos, irritando alguns policiais Cotidiano 05/01/2013 06h06 |Por Marcio Rocha
Um oficial da Polícia Militar entrou em contato com a reportagem F5 News para conversar sobre a questão da escala montada pelo Comando do Policiamento da Capital para os policiais militares que desenvolvem suas atividades na região da Grande Aracaju.
O militar informou a F5 News que a escala foi modificada no mês de maio, quando o comandante geral, coronel Maurício Iunes, assumiu o posto e decidiu junto com o oficial por ele designado para o comando da capital, coronel Jackson Nascimento, otimizar o trabalho dos policiais em ocorrências, com o objetivo de promover a melhora na questão de desenvolvimento das ações policiais.
Segundo o major, a escala dos policiais era proporcional em 24 horas de trabalho ininterrupto, por 72 horas de descanso, o que, em sua análise, tornava humanamente impossível a eficácia das operações desenvolvidas por policiais que ficavam com cansaço físico e mental ao longo das 24 horas trabalhadas de forma sucessiva. Por isso, houve a modificação no regime de trabalho dos policiais para 12 horas trabalhadas contra 48 horas de descanso. A proporção de horas em repouso passou de uma por três, para uma por quatro, dando mais tempo para os policiais exercitarem suas atividades cotidianas nos horários de folga.
A escala de um trabalhador comum da iniciativa privada ou pública é de uma hora por três. Ou seja, os militares ainda possuem vantagem horária em seu período de descanso. Segundo o oficial, os militares estão trabalhando com maior afinco e com melhores condições de ação, respondendo uma maior quantidade de ocorrências, criando mais oportunidades de proteção para a sociedade, inclusive.
Consultado por F5 News, um cabo da PM concordou com a afirmação do major. Para ele, a escala é mais vantajosa para estar com sua família e realizar ações comuns, como fazer compras, ou ir à praia com a família. Entretanto, o militar lembrou que a escala faz com que os militares que realizam serviço de segurança particular, conhecido como bico, não possam executar essas ações, o que provoca clima de insatisfação contra o comando. O cabo afirmou para a reportagem que também não concorda com algumas ações do comandante do policiamento da capital, mas acredita que a escala é um meio de evitar que o policial se exponha a riscos em trabalhos fora da atividade militar. Para o militar, o bico é um vício entre a categoria.
“Muita gente faz bico, mesmo com os nossos salários muito melhorados ao longo desses últimos anos, não perderam o hábito de utilizarem seu tempo livre para poder fazer trabalhos externos. Vários colegas morreram na prática de bico, o que, mesmo com nossa condição financeira melhorada, não deixou de ser um vício entre os policiais”, comentou o praça.
Segundo informações do major com quem F5 News conversou, o raciocínio do cabo está correto. Para ele houve uma ampliação no número de ocorrências atendidas e o número de policiais que estão fazendo serviços de segurança para complementar seus salários diminuiu.
*Os dois militares ouvidos por F5 News pediram anonimato. As informações foram cruzadas entre o cabo e o major.


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