Cada vez mais jovens aderem a grupos religiosos para avivar a fé
Cotidiano 23/09/2012 07h00 |Por Fernanda Araujo
“No grupo de jovens eu sempre me senti acolhida. Tive um crescimento pessoal porque sentia muita vergonha e agora superei”. “Estava afastado de Deus e na igreja eu me senti mais próximo Dele. Além disso, agora tenho amigos de verdade e uma nova visão de como enxergar o mundo lá fora”. São por essas e outras razões que jovens como Millena Laís e Maikson Gabriel se envolvem cada vez mais nas igrejas. Pela fé, são capazes de ‘morrer’ para o mundo e viver para Deus.
São em grupos religiosos que jovens entre 14 e 23 anos consagram as suas vidas, se reúnem para orar e discutem questões bíblicas e sociais. Tudo em prol do chamado de Deus para pregar o evangelho a toda criatura. “Somos a segunda família de cada um. Tentamos aproximar um do outro, mostrar que cada um pode ajudar o outro, criando um vínculo de amizade e de família, ao ponto de chamar uns aos outros de irmãos”, conta Osmar Rios, coordenador de música do Grupo Trilha da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Passeios, viagens, congressos, também são modos de levar jovens para dentro das igrejas.
Para a integrante Mayara Francys, o maior envolvimento dos jovens em grupos religiosos possibilita interação e intimidade com Deus. “Estamos aqui porque Deus nos usa e porque aceitamos o nosso chamado. Eu acredito que isso é necessário para qualquer pessoa, mesmo que não acredite em Deus ou que seja de qualquer religião”. E continua: “A pessoa quer um caminho para poder adorar a Deus. Do ponto de vista social, a religião ajuda a ensinar como proceder, impõe limites e dá certa organização, porque senão seria um caos”.
Assim como ela, Rodrigo Couto, coordenador geral do Trilha, acredita que a pessoa, ao se sentir acolhida tem a tendência de permanecer no caminho. “Cada pessoa busca se encontrar em algum espaço. Acho que quando um grupo de jovens passa uma ideia diferente, a pessoa permanece também. Eu não vejo em outros meios de convívio uma união tão grande como estar em algum grupo”, afirma. No grupo Trilha, quase 60 jovens praticam assiduamente na comunhão entre os “irmãos”.
Porém, muitos ainda procuram grupos como esse por pura satisfação pessoal. “Acho que 90% das pessoas procuram mais por influência de amigos, família, curiosidade ou por interesse em alguma pessoa. Outros também procuram pelo fato de estar passando por alguma dificuldade como doença e etc. Mas a gente sempre procura passar que Deus é maior do que qualquer problema”, diz Osmar.
Um recebe a missão de liderar, alguns de pregar a Palavra de Deus, outros de entoar louvores. Enfim, mesmo que não sejam todos, cada um participa de alguma função dentro da igreja, seja ela evangélica ou católica. Independente de religião, nomenclatura ou denominação, todos imaginam Deus em suas diferentes formas. Buscam uma identidade pessoal e procuram lidar com a fé.
Maikson Gabriel:
“São de pequenos gestos que podemos fazer mudanças no nosso dia-a-dia, tornando a vida de outras pessoas mais agradáveis”.
Rodrigo Couto:
“Nós temos uma tendência ao egoísmo, a olhar para o outro com repulsa, com discriminação e a gente precisa lutar contra. É da própria religião buscar ajudar ao outro, amar ao próximo como a si mesmo”.
Foto principal: Osmar Rios - Grupo Trilha


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