Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado durante a Assembléia Geral das Nações Unidas em setembro de 2023, alertou que quatro em cada 10 brasileiros têm pressão alta. Para os especialistas, a pressão arterial é considerada alta estando igual ou superior a 14 por 9.

De acordo com a agência especializada em saúde, os países devem se mobilizar para prevenir a doença e as suas possíveis consequências, como infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). 

O cardiologista Martins Dionízio afirmou ao F5 News que o crescente aumento de hipertensão arterial sistêmica tem maior incidência devido ao aumento dos níveis de pressão, como sedentarismo, estresse, diabetes, fumo e histórico familiar de doenças cardiovasculares. 

O estudo aponta que cerca de 50,7 milhões de brasileiros possuem a doença, mas somente 67% têm o diagnóstico e 33% vivem com a pressão alta controlada. Segundo a OMS, uma forma de mudar esse quadro entre os brasileiros é a mudança no estilo de vida.

 “Eu sempre digo que alimentação e exercício físico também são remédios. Existem estudos mostrando que a alimentação rica em oleaginosas é uma dieta que ajuda a diminuir os níveis tensionais. A atividade física tem o seu efeito, diminuindo a pressão, o exercício libera oxídrico, que é um vasodilatador endógeno, consequentemente, a pressão melhora muito quanto à atividade física”, afirma o médico.

Apesar do relatório apresentar que os brasileiros a doença tem maior incidência entre 30 e 79 anos  (45%), maior que a média global que é cerca de 33%, não há uma idade certa para o acometimento da doença. 

"Não existe uma idade, crianças podem ter pressão alta. Porém, geralmente, na criança, no adulto jovem ou no adulto muito idoso que nunca teve pressão alta, nós temos que pensar em hipertensão secundária, a possibilidade da existência de uma doença que está levando a pressão ficar alta. De forma geral, não existe uma idade para se ter hipertensão alta. Homens acima de 40 anos e mulheres pós menopausa existe um aumento exponencial da pressão arterial por um problema hormonal" completou Dionísio.

A prevenção, a detecção precoce e o tratamento eficaz da hipertensão estão entre as intervenções mais econômicas na área da saúde e devem ser priorizados pelos países como parte de seu pacote nacional de benefícios de saúde oferecido no nível da atenção primária, informou a OMS.

Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos. Por isso, para prevenir a hipertensão e suas complicações é necessário:

• adotar um estilo de vida saudável;
• mudar hábitos alimentares;
• reduzir o consumo de sal;
• praticar atividade física regularmente;
• aproveitar momentos de lazer;
• abandonar o fumo;
• moderar o consumo de álcool;
• evitar alimentos gordurosos;
• controlar o diabetes.