O advogado Fábio Trindade, que representa a família da médica Danielle Barretto, afirmou em entrevista à uma rádio nesta quinta-feira (25), sobre do laudo do Instituto Médico Legal (IML), o qual confirmou a presença de DNA masculino nos órgãos genitais da vítima.

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Segundo o advogado, inicialmente não iria entrar em detalhes com os novos fatos para preservar a imagem da vítima e da família. O advogado ainda destacou que o material foi encontrado não mais em forma de sêmen, mas sim como resquício genético. 

Os espermatozoides resistem no corpo humano por até 72 horas após o ato sexual, como o exame apontou apenas resquísio genético, sem células vivas,  desta forma acaba dificultando identificar o momento em que ocorreu a relação.

De acordo com o laudo, o material encontrado corresponde a dois perfis diferentes de DNA, o que abre outros caminhos nas investigações na morte da médica.

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública esclarece que "as informações constantes em laudos periciais e exames relacionados ao caso da médica Daniele Barreto são documentos de uso exclusivo para fins de investigação criminal e possuem caráter sigiloso até a conclusão do inquérito policial e que ao término das investigações, novas informações poderão ser divulgadas sem prejuízo ao andamento do caso. Ainda esclarece que a divulgação ou compartilhamento não autorizado desses documentos pode gerar responsabilização administrativa e criminal."

Caso Lael

Casada há mais de 10 anos com o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues, Danielle Barreto se tornou a principal suspeita do assassinato do marido, ocorrido em 18 de outubro de 2024. Daniele Barreto Oliveira era especialista em cirurgia plástica e proprietária da uma clínica deste segmento na capital sergipana. Ela possui registro nos Conselhos Regionais de Medicina de Sergipe, da Bahia e do Rio de Janeiro. 

Segundo as investigações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) apontaram o envolvimento da médica e de outras três pessoas no crime. A motivação estaria relacionada a desavenças familiares, relacionamento extraconjugal e a um conturbado processo de separação, marcado por disputa patrimonial.

Danielle foi encontrada sem vida no último dia 09 de setembro, por volta das 16h20, após ser levada ao Presídio Feminino (Prefem), em cumprimento à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que revogou sua prisão domiciliar e determinou o retorno ao regime fechado.