Caso Genivaldo: julgamento é temporariamente suspenso após desentendimento entre MPF e defesa | F5 News - Sergipe Atualizado

Justiça
Caso Genivaldo: julgamento é temporariamente suspenso após desentendimento entre MPF e defesa
Sessão desta sexta definirá se os três ex-PRFs Freitas serão absolvidos ou condenados pelo júri popular
Cotidiano | Por F5 News 06/12/2024 10h37 |


O Tribunal do Júri, que está julgando os três ex-policiais rodoviários pela morte de Genivaldo Santos, teve uma suspensão temporária na manhã desta sexta-feira (6). Houve um desentendimento entre o Ministério Público Federal (MPF) e a defesa dos acusados.

A desavença teria ocorrido porque um dos membros do MPF, em sua sustentação, falou sobre abuso de autoridade - algo que foi proibido por não estar mais no processo. A defesa dos três ex-PRFs contestou veementemente, e a sessão precisou ser suspensa por alguns minutos.

O debate faz parte do último dia do Tribunal do Juri - que chegou ao seu 11º dia de julgamento. A expectativa é de que se saiba hoje se os réus William Barros Noia, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e Kleber Nascimento Freitas serão absolvidos ou condenados pelo júri popular.

O Ministério Público Federal e a assistência de acusação foram os primeiros a falar no debate desta sexta. Em seguida, a defesa de cada réu terá 50 minutos para apresentar suas teses defensivas (2h30). O MPF e a assistência de acusação poderão requerer réplica, com duração de 2h.

Havendo réplica, a defesa tem direito à tréplica, também de 2h, sendo 40 minutos para cada réu. Na sequência, o Conselho de Sentença se reunirá para responder a quesitos propostos pelo presidente do Júri, o que definirá o resultado final. 

O Tribunal do Júri irá decidir sobre a culpabilidade ou não dos três ex-policiais rodoviários federais acusados do homicídio de Genivaldo. Eles respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. 

Relembre o caso
Genivaldo Santos morreu em 25 de maio de 2022, durante uma abordagem policial na BR-101, em Umbaúba (SE). Imagens que circularam na época mostraram agentes da PRF utilizando uma viatura como "câmara de gás". A vítima chegou a se debater, mas os policiais o mantiveram preso dentro do veículo. 

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.

O caso gerou comoção nacional e internacional e foi incluído no Observatório de Causas de Grande Repercussão, iniciativa que acompanha processos de grande impacto social, econômico e ambiental, como os desastres de Mariana e Brumadinho (MG) e o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS).

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