Caso Genivaldo: Tribunal do Juri chega ao 10º dia
Nesta quinta (5) acontecerá o interrogatório de dois acusados. Decisão deve sair nesta sexta (6) Cotidiano 05/12/2024 09h28 - Atualizado em 05/12/2024 09h30 |O Tribunal do Júri que está julgando os três ex-policiais rodoviários pela morte de Genivaldo Santos chegou ao 10º dia nesta quinta-feira (5). O julgamento está ocorrendo no Fórum de Estância, no interior sergipano. A previsão é de que seja finalizado hoje o interrogatório dos réus.
O interrogatório dos três ex-PRFs começou nesta quarta (4). O primeiro a ser ouvido foi William Barros Noia. O réu respondeu a questionamentos do presidente do Júri, da defesa, dos jurados e das juradas, das 17h46 às 21h19, quando acabou a sessão do dia.
Nesta quinta, serão interrogados Paulo Rodolpho e, em seguida, por Kleber Nascimento. A etapa seguinte é o debate, que será aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela assistência de acusação, pelo período total de 2h30.
Em seguida, a defesa de cada réu terá 50 minutos para apresentar suas teses defensivas, totalizando 2h30. O MPF e a assistência de acusação poderão requerer réplica, com duração total de 2h. Havendo réplica, a defesa tem direito à tréplica, também de 2h, sendo 40 minutos para cada réu.
Na sequência, o Conselho de Sentença se reunirá para responder a quesitos propostos pelo presidente do Júri, juiz federal Rafael Soares. São as respostas a esses quesitos que definirão se os réus serão absolvidos ou condenados. A previsão é de que a sentença seja anunciada nesta sexta-feira (6).
Relembre o caso
Genivaldo Santos morreu em 25 de maio de 2022, durante uma abordagem policial na BR-101, em Umbaúba (SE). Imagens que circularam na época mostraram agentes da PRF utilizando uma viatura como "câmara de gás". A vítima chegou a se debater, mas os policiais o mantiveram preso dentro do veículo.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. A vítima não apresentava nenhum tipo de perigo aos policiais, não estava armada, não tinha passagem pelo sistema prisional e fazia tratamento para esquizofrenia.
O Tribunal do Júri irá decidir sobre a culpabilidade ou não de Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, os três ex-policiais rodoviários federais acusados do homicídio de Genivaldo. Eles respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.
O caso gerou comoção nacional e internacional e foi incluído no Observatório de Causas de Grande Repercussão, iniciativa que acompanha processos de grande impacto social, econômico e ambiental, como os desastres de Mariana e Brumadinho (MG) e o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS).
Com informações da Ascom do TRF5





