O julgamento dos três ex-policiais rodoviários federais acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado no Caso Genivaldo Santos entrou em seu 5º dia nesta sábado (30). A sessão do Tribunal do Júri teve início às 8h30 e foi marcada pelos depoimentos das testemunhas de defesa.

TRF5

O 4º dia de julgamento, na sexta-feira (29), foi repleto de acontecimentos importantes. Foram concluídas as oitivas das testemunhas da acusação, tanto as indicadas pelo Ministério Público Federal (MPF) quanto pelos advogados da família de Genivaldo. O dia também marcou o início dos depoimentos das testemunhas de defesa, além da vistoria da viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), veículo no qual Genivaldo foi colocado antes de sua morte. A sessão foi encerrada às 20h50.

Durante o dia, foram ouvidos diversos depoimentos, incluindo o de um agricultor que estava no local da abordagem, um mecânico que presenciou o início do procedimento policial e um amigo de infância de Genivaldo, que descreveu a situação a partir do momento em que o homem foi imobilizado.

Vistoria da Viatura

Após a conclusão dos depoimentos da acusação, os jurados participaram de uma vistoria na viatura da PRF, que está sob custódia da Polícia Federal. O veículo foi levado para o Fórum de Estância, onde os jurados puderam observar de perto as condições do veículo em que Genivaldo foi colocado, um momento crucial no processo.

Oitiva das Testemunhas de Defesa

O julgamento prosseguiu com a oitiva das testemunhas arroladas pela defesa, com 15 testemunhas, sendo cinco para cada réu. O primeiro depoimento foi o de um policial rodoviário federal que defende o réu William Barros. O depoimento durou cerca de três horas e forneceu detalhes que os advogados de defesa acreditam serem essenciais para a argumentação do caso.

Próximos Passos

De acordo com o cronograma do julgamento, após as oitivas das testemunhas, serão ouvidos os peritos que participaram da investigação do caso. Em seguida, os réus Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia serão interrogados. O julgamento terminará com os debates entre acusação e defesa, seguido pela votação da sentença.

Participação do MPF e Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri

O Ministério Público Federal (MPF) é representado pelos procuradores da República Rômulo Almeida, Eunice Dantas, Alfredo Carlos Gonzaga Falcão Júnior, Polireda Madaly Bezerra de Medeiros e Henrique Hahn Martins de Menezes. Este último grupo integra o Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ/MPF), uma unidade nacional convocada para atuar em casos de alta complexidade.

O Caso Genivaldo Santos foi incluído no Observatório de Causas de Grande Repercussão, iniciativa que acompanha processos de grande impacto social, econômico e ambiental, como os desastres de Mariana e Brumadinho (MG) e o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS).

Com informações da Ascom do TRF5