Por Sílvio Oliveira

Comerciantes da avenida Santos Dumont denunciam roubo de energia protagonizado por lavadores de carro, em plena Orla da praia de Atalaia, em Aracaju. Em dias de pico, a lavagem de carros em via pública chega a deixar água empossada e muita sujeira, dificultando a entrada de clientes perto de uma agência de viagens, restaurantes e hotéis localizados no maior ponto turístico da capital sergipana.

A gerente de Turismo, J.A.C, que pede para não ter o nome revelado, reclama que os lavadores utilizam a via pública como posto de lavagem de carro, inclusive usando aspirador de pó, máquina de lavagem a jato e demais aparelhos para limpeza. “São quatro pontos de lavagem de carro: ao lado do restaurante Pitú da Eliana, na orla; ao lado do hotel Celi, no fundo do complexo do Sesi, na avenida Oceânica; na rua Francisco Manoel Costa, no antigo Ministério do trabalho e em frente do Hotel Belo Mar, na avenida Rotary”, denunciou.

Em um dos pontos, na avenida Santos Dumont, diz a comerciante A.J.S., que a água utilizada pelos lavadores de carro é oriunda de um poço. Como eles utilizam também tonéis para armazenar o líquido, o local vira um verdadeiro lamaçal, escorrendo água e óleo por toda extensão da rua Pastor Luther King. “E o pior, o serviço funciona 24h. Chega taxista toda hora para lavar”, afirmou.

No dia 19 de novembro, uma das denunciantes ligou para a Energisa, mas nada adiantou. “Parece que Aracaju não tem fiscalização. Tive a informação de que são três irmãos de Alagoas, que decidirão tomar conta da Orla com esses serviços, de domingo a domingo”, reclamou A.J.S.

A assessoria de Comunicação da Energisa informou que o combate ao roubo de energia é uma constante e que quando ocorre uma denúncia, a empresa envia técnicos ao local para fazer a retirada do denominado “gato”. “Infelizmente não temos poder de polícia. Ao darmos as costas, muitos voltam a fazer a ligação, prejudicando até o fornecimento”, afirmou Augusto Aranha, assessor.

Ele informou que mandará a denúncia feita pelos comerciantes ao setor cabível, a fim de que em um tempo breve uma equipe percorra os pontos de lavagem.

Quanto à retirada clandestina de água, a assessoria da Deso disse que também encaminhará o problema ao setor competente, a fim de que possam enviar técnicos ao local. Ainda informou que tão logo averigue de onde vem a água utilizada na lavagem de carros, daria informações mais completas.

Foto: Arquivo F5 News