Confusão impera no Sindicato dos Vigilantes
Acusações vão de má administração a sumiço de recursos. Presidente nega Cotidiano 25/02/2013 14h45 |Por Elisângela Valença
Por volta das 3h30 da manhã de hoje, um grupo se reuniu no Sindicato dos Vigilantes de Sergipe, no bairro Siqueira Campos, em Aracaju. Às 5 horas, um chaveiro chegou ao local e abriu a porta do sindicato. O grupo entrou e disse que toda a categoria terá acesso à entidade, exceto a atual direção, enquanto não entregar os cargos.
Este grupo é uma junta governativa, que foi eleita na assembleia geral da categoria, realizada na última sexta, dia 22. “Nós decidimos fazer isso por conta da má administração da atual gestão”, disse William Mota Santos, tesoureiro da junta. “A categoria, reunida em assembleia, aprovou por unanimidade a destituição da direção e elegeu a junta, composta por três titulares e três suplentes, e uma comissão de negociação para a convenção coletiva”, acrescentou.
Segundo William, a atual gestão foi eleita em 2012 para um mandato de quatro anos, sendo este o segundo mandato do presidente Antônio Vieira, e já apresenta uma série de problemas. “O próprio vice-presidente disse que há um rombo de 400 mil reais. Além disso, o presidente argumenta que não entrou dinheiro algum na conta do sindicato em 2012”, disse.
O advogado da junta governativa, José Paulo de Barros Melo Filho, disse não entender como não entrou dinheiro na conta do sindicato. “Ele sacou 132 mil reais com um alvará judicial da 6ª Vara. Foram 13 mil reais de mensalidade dos sindicalizados e 75 mil da contribuição sindical anual. Como assim não entrou dinheiro?”, questionou.
Outros pontos questionados são diretamente ligados ao presidente, Antônio Vieira. “Ele se afastou para ser candidato a vereador pelo município de Carmópolis e não foi reintegrado”, disse William. “Além disso, ele nem é vigilante. Ele é petroleiro e filiado ao Sindipetro [Sindicato Unificado dos Trabalhadores do Ramo Petroleiro, Petroquímico, Químico e Plástico dos Estados de Sergipe & Alagoas]”, acrescentou. Fato confirmado pelo diretor do Sindipetro SE/AL, Deyvis Barros, que estava no local. “Ele é petroleiro e filiado ao sindicato da categoria”, afirmou.
Contraponto
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe, Antônio Vieira, rebate todas as acusações e diz que esta junta governativa não validade legal. Segundo ele, esta ação é de membros da chapa da oposição, que foi derrotada na eleição que aconteceu em abril de 2012. “Eles entraram na Justiça e nós entramos com um mandado de segurança. Por enquanto tudo está sub judice e nada pode ser feito até decisão final”, disse Antônio.
“Esta junta não tem validade alguma. Nosso estatuto prevê que a decisão em assembleia só é válida se for com relação à pauta publicada em edital. Eles chegaram lá fazendo baderna, como em todas as outras assembleias que fizemos. E todas tiveram que ser anuladas”, explicou.
Com relação às irregularidades financeiras, ele diz que tudo está regular, comprovado em prestações de contas. “Estes documentos todos estão inclusive na justiça”, informou. Com relação às contas de sua gestão, ele diz que não há como ter uma acusação dessa porque ainda não há prestação de contas. “Nós temos até março para fechar o balanço do primeiro ano desta gestão”, disse.
Sobre seu afastamento para as Eleições 2012, ele disse que tudo aconteceu dentro da legalidade. “Afastamento tem data de início e fim. Eu fui para a campanha com prazo definido para volta, não precisaria haver uma reintegração”, informou.
Quanto a sua atividade profissional, ele disse que trabalha na Petrobras, sim, e como vigilante. “A Petrobras tem vigilantes em seu quadro fixo. Sou vigilante concursado, tenho carteirinha e registro de vigilante, tudo como manda o figurino. Fiz o curso e faço atualização a cada dois anos, tudo realizado pela Petrobras”, explicou.


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