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Coordenadora rebate denúncias contra Oncologia do Huse
“Há uma orquestração para desmoralizar o serviço público”, afirma
Cotidiano 26/02/2013 17h15 |


Por Fernanda Araujo

O Conselho Estadual de Saúde de Sergipe, que representa os usuários do SUS, convocou nesta terça-feira (26) a coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Rute Andrade (foto), para esclarecer denúncias contra a unidade de saúde, além de prestar contas dos serviços.

Jornais nacionais e de Sergipe têm noticiado caos na Oncologia do hospital pela falta de medicamentos. Rute Andrade, por sua vez, levou documentos comprovando a falsidade das denúncias, que, segundo ela, podem ter sido motivadas por alguns médicos que tiveram pontos cortados por não cumprirem a carga horária.

Para a coordenadora Rute Andrade, a verdade é que há um desejo de desestruturar o serviço público. Ela ainda afirma que são denúncias sucessivas de fatos que não são verdadeiros, a exemplo de uma matéria no Bom Dia Brasil no dia 22 deste mês, quando uma paciente não tinha tomado medicamentos porque supostamente estavam em falta, no entanto, a paciente já tinha sido medicada no dia 14.

“A matéria foi requentada. Hoje já encontrei a paciente porque foi fazer exame de laboratório. Há notícias de que pacientes com câncer morrem sem morfina, mas a gente já tinha outra medicação substituindo. O que está sendo dito é mentira, tem uma campanha para desestabilizar e, como nós enfrentamos, temos recebido alguns boicotes. Por exemplo, se falta um medicamento de 16 reais e a gente pede para o profissional passar a receita porque a paciente quer comprar, aí tem profissional que não faz a receita para queimar o governo”, relata. Apesar dos supostos boicotes e má vontade de alguns médicos, ela afirma que a grande maioria dos 51 profissionais é comprometida.

Outra notícia foi veiculada em um jornal diário em 5 de fevereiro, onde na Oncologia a radioterapia aparece como um serviço que raramente funciona. Na mesma matéria, foram mostrados pacientes que agonizam por falta de morfina, mas o medicamento já tinha sido substituído. “No ano de 2012 a radioterapia parou 20 dias, o que dá menos de 8%. A gente trabalha sábado, domingo e feriado, só não trabalha oficialmente sexta-feira da Paixão, por que saiu isso?”, questiona.

Rute Andrade, porém, confirma problemas com falta de medicamentos e relata que houve queixas, mas que já tinham sido resolvidas. “São oito itens de prescrição, o que faltava era o Genzar que depois chegou, mas não tiveram o interesse de dizer que o problema estava resolvido. Falta? Falta. A gente tem problema? Tem. A gente tem 195 itens de medicamentos, temos problemas sim, mas não é do jeito que querem dizer. Não é essa campanha difamatória contra a Oncologia do Huse. Há empenho da secretária e de todos de uma maneira geral, não há esse caos que todo dia é matéria. A gente sente que está tendo uma orquestração para tentar desmoralizar o serviço. E quem está orquestrando isso é quem não tem interesse de que o serviço ande”.

Conselho Estadual de Saúde

Com relação à falta de medicamentos e o suposto descaso na Oncologia, o vicepresidente do Conselho, Eduardo Gomes (foto), afirma que o que está sendo veiculado na imprensa é uma hipocrisia. “Se você for ao Huse lá tem medicamentos acima de 54 mil reais, a Fundação de Saúde tem pra dar, o que falta é medicamento básico de 14 e 16 reais. Mas a má notícia tem enfoque maior porque tem alguém interessado nisso e faz divulgar”.

Para ele, se faz necessário investigar e noticiar outras denúncias, a exemplo da procedida em 2009, 2010 e 2011, sobre um roubo de medicamentos oncológicos no Huse valendo 500 reais e ampolas de 6 mil reais, mas que ainda não foi apurado. “Foi aberto um procedimento sobre isso. Isso é o que interessa ao Conselho”.

Sobre os médicos que não cumprem a carga horária, Eduardo Gomes avalia que a questão deve ser investigada e denunciada no Poder Federal, visto que a denúncia é de 2011 e já tinha sido informada ao Ministério Público. De acordo com ele, estes profissionais lesam o governo.

“O conselho pautou agora porque veio à tona e nós não podemos prevaricar a informação. A Fundação de Saúde contrata um profissional para trabalhar 60 horas e nós apuramos que muito deles trabalham de 15 a 20 horas. Muitos morreram por falta de médicos, isso deve ser esclarecido. Quem falta tem que dar nomes aos bois e tem que pagar pelos erros. E outra, a maioria dos médicos é responsável com o horário, mas a minoria é quem sobressai. É a mesma coisa que em uma água limpa, se coloca um pouco de sujeira, já fica contaminada. A parte ruim dos médicos tem que ser retirada e estamos aqui para fazer isso”.

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