Por Sílvio Oliveira

Considerada uma data importante para a soberania nacional, em 19 de novembro de 1889 foi instituído pelo governo provisório o Dia da Bandeira Nacional Republicana, com o intuito de se construir uma identidade brasileira, logo após a Proclamação da República. Por conta disso, todos os anos a data é lembrada por órgãos públicos e pelas Forças Armadas, mas alguns cidadãos desconhecem sua importância.

O estudante Hamilton Santos Vieira, 16, disse já ter ouvido falar no Dia da Bandeira, mas sem dimensionar seu significado. “Não sabia que tinha a ver com soberania. Pensei que fosse apenas um símbolo”, afirmou.

Mécio Ribeiro, estudante, 23, (foto ao lado) disse ter conhecimento da data através do rádio, mas não lembrava. Para ele, a data é importante, mas onde deveria ser realmente registrada – as escolas – não é. “Deveria ser mais comentado e celebrado nas escolas”, afirmou.

O universitário Hewton Teles, 25, (foto abaixo) sabia que hoje é o Dia da Bandeira, mas também lamenta que não desperte o interesse a que faz jus. Uma exceção, ele conhece inclusive a origem da data:  “Foi instituído no ano de 1889, através do decreto lei número 4, em homenagem ao símbolo máximo da pátria”, disse.

Para o historiador André Amaral, a discussão sobre os símbolos nacionais deveria ir além de se falar sobre o Hino Nacional e a bandeira nas escolas. Ele defende o incentivo ao hasteamento da bandeira nos prédios públicos e que se cante o Hino Nacional, em paralelo à ampliação do debate nas escolas públicas e particulares, para que se crie uma identidade dos alunos com os símbolos. “Poucos estudantes têm acesso à informação. A discussão deve ser ampliada”, disse.

Prédios públicos

A bandeira foi adotada pelo decreto nº 4 no dia 19 de novembro de 1889. Este decreto foi preparado por Benjamin Constant, membro do governo provisório, logo que foi proclamada a República.

Na Secretaria de Estado da Educação de Sergipe houve o hasteamento da bandeira. No comando do 28º Batalhão de Caçadores também ocorreu solenidade no pátio do Batalhão Campo Grande, bairro 18 do Forte, em Aracaju.

Conforme o professor de história Antônio Alves Santos, 37, os rituais do hasteamento, de cantar o hino são importantes, mas é bem mais interessante, segundo ele, conhecer os símbolos e reconhecê-los como algo que tenha algum significado importante. “O sentido da nação está ligada aos símbolos, mas os cidadãos têm que sentir representados por eles e que tenham respeito”, disse.

Fotos: Ilustração, Juarez/SEED