Por Elisângela Valença

Dia das vítimas no trânsito é lembrado com ações e missa

No Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trânsito, Aracaju amanheceu com campanhas educativas em vários pontos de trânsito intenso, com a participação de vários órgãos do setor, como a Superintendência Municipal de Trânsito (SMTT) e a Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran), entre outros.

Com 240 mil veículos registrados e uma frota flutuante (veículos de outras cidades que circulam na capital) de 30 mil veículos, Aracaju vive um caos latente no trânsito. Engarrafamentos, pressa, impaciência, falta de educação e cidadania atormentam órgãos públicos e sociedade civil.

A capital sergipana já acumula 67 mortes no trânsito, de janeiro a outubro deste ano. A maioria das vítimas estava na faixa etária economicamente ativa, de 19 a 30 anos de idade.

“Acidentes não acontecem por acaso, nem são obra do destino. Eles aconteceram por iniciativas erradas. É uma ‘roubadinha’, um avanço de sinal e coisas do tipo. Não é o trânsito que mata, mas a irresponsabilidade de quem está no trânsito”, diz o major Paulo Paiva, diretor de Trânsito da SMTT.

Metade destas vítimas estava em motos ou ciclomotores. “As pessoas acham que por ser mais ágil e dinâmica, a motocicleta pode ser utilizada para fazer bobagem no trânsito. Este é um tipo de veículo muito mais vulnerável, que exige mais cuidado e responsabilidade”, lembra o major.

Segundo ele, para cada morte no trânsito, seis vítimas se machucam com extrema gravidade e quatro ficam sequeladas para o resto da vida.

“Estamos vivendo uma guerra no trânsito e isso precisa ser mudado”, reforça o capitão Fábio Machado, comandante da CPTran. Para ele, a educação no trânsito é a saída, mas com resultados a longo prazo. “É lamentável ter que fazer ações para reeducar, lembrar desta triste realidade que assola Sergipe e o país. A solução é investir nas crianças, que serão os condutores do futuro”, disse.

O Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trânsito será encerrado com uma missa celebrada pelo arcebispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique Soares, na Igreja Sagrado Coração de Jesus, no bairro Grageru.