Dia de Finados acende o velho debate: e depois da morte?
Evangélicos, católicos e espíritas divergem sobre o tema Cotidiano 02/11/2012 08h12 |Por Adriana Meneses
O Dia de Finados, ou Dia dos Mortos, é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro. No século II, os cristãos rezavam pelos seus falecidos, visitando os túmulos. No século V, a Igreja já dedicava um dia do ano para rezar para todos os mortos que ninguém rezava ou nem eram lembrados. Então, desde o século XI, a Igreja Católica obrigou as comunidades a dedicarem um dia aos mortos, estabelecendo, então, que esse dia seria dia 2 de novembro.
De acordo com o padre Paulo Lima, pároco da paróquia Sagrada Família, localizada no conjunto Sol Nascente, o Dia de Finados deve ser um dia centralizado para orações pelos que já morreram. “O sentido do Dia de Finados não está apenas em levar flores e velas para o cemitério: o verdadeiro sentido está em rezar em sufrágio dos que já se foram, e em pedir o perdão pelas almas que um dia vão ressuscitar na fé de Cristo”, explicou.
Contraditório
Para outras religiões, o Dia de Finados, simplesmente, não existe - não passa apenas de um mero folclore. Segundo o teólogo e espírita, Carlos Rocha, para o espiritismo, a morte não é considerada o fim, considerando que os espíritos são imortais, e o que morre na verdade é o corpo. “A morte é a passagem para o plano espiritual. Mas a doutrina traz em seu bojo o livre arbítrio, não impede, de modo algum, que os seus adeptos ou simpatizantes, compareçam ao cemitério, levem flores, visitem os túmulos, se isto lhes for, ainda, significativo”, observou.
Carlos lembra que a doutrina acredita que as adorações no Dia de Finados seja um apego equivocado. “O ser que amamos não é, nem nunca foi aquele corpo que, putrefato, se decompõe em benefício da terra. O ser que amamos utilizou-se daquele corpo, mas já se desligou dele, e vive novos horizontes. É importante que o ser que amamos e que já não está aqui, que seja lembrado com alegria, nos espaços que amava e no trabalho que exercia”, disse.
Para os evangélicos, religião que foca Jesus Cristo como senhor e único salvador, a celebração do Dia de Finados também não existe. Os evangélicos acreditam e seguem os versículos do evangelho que diz: “após a morte, a pessoa passa diretamente pelo juízo final (Hebreus 9.27) e “vivos e mortos não podem comunicar-se de maneira alguma” (Lucas 16.10-31), diferente dos espíritas, que acreditam em vida pós morte e reencarnação.
De acordo com o pastor da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus, a doutrina da sua religião prega que não se deve orar pelos mortos, pois após a morte segue o juízo e aquilo que não foi possível ao homem fazer em vida, depois de morte já não se pode fazer mais nada. “Cada pessoa deve rejeitar e se redimir do pecado em vida. Não homenageamos os nossos mortos, mas continuamos a sentir saudades e até chorar pela ausência deles. Não é pecado sentir saudades ou chorar pelos mortos, mas não se pode mais interceder por eles”, observou
Foto: divulgação


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