Dia Mundial do Diabetes: prevenção é o melhor remédio | F5 News - Sergipe Atualizado

Dia Mundial do Diabetes: prevenção é o melhor remédio
Cotidiano 14/11/2012 08h00 |


Por Adriana Meneses

Os números são alarmantes, o surgimento de centenas de casos diariamente é assustador e vem se alastrando rapidamente no mundo. Diabetes Mellitus é uma doença crônica, já considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma epidemia. Mas, se devidamente controlada, os portadores da doença podem viver muitos anos sem grandes sequelas e adotando uma melhor qualidade de vida.  

De acordo com dados da OMS, em todo mundo existe 346 milhões de pessoas com diabetes, número que pode passar para 552 milhões de pessoas nas próximas duas décadas. Já a Federação Internacional de Diabetes, aponta que o Brasil é o quinto país com maior número absoluto de diabéticos no mundo e deve permanecer na mesma posição em 2030. Em uma pesquisa realizada em 2010, 7,6 milhões de brasileiros tinham diabetes, número que deve aumentar para 12,7 milhões também nos próximos 20 anos.

Por se tratar de uma doença silenciosa e pouco percebida, quando sintomas leves como sede excessiva, aumento da fome e da quantidade de urina durante o dia e à noite, fraqueza, perda de peso, boca seca, sonolência e infecções, começam a se manifestar, o portador da diabetes já apresenta algumas complicações relativas à doença como lesões na retina (retinopatia), lesões renais, por vezes, com necessidade de hemodiálise e transplante renal (nefropatia), hipertensão arterial, baixos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemias), níveis elevados de açúcar no sangue (hiperglicemias), pé diabético, enfartes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), perturbação da circulação, disfunção e impotência sexuais, infecções diversas e persistentes.

 

De acordo com o presidente da regional de Sergipe da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SE), Raimundo Sotero (foto), não existe uma fórmula totalmente segura para não se desenvolver o diabetes, mas algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar na prevenção da doença.

“Hoje as pessoas não têm o hábito de praticar exercícios físicos e manter uma alimentação saudável, os fast food estão espalhados por todos os lugares apresentando facilidade na alimentação, mas no quesito qualidade complica. Incluir uma alimentação equilibrada, sem excesso de açúcar e carboidratos, ao menos 150 minutos de atividade física por semana e um check up anual vão contribuir de maneira positiva no surgimento da doença”, explicou.

 

Ainda de acordo com Sotero, além dos hábitos saudáveis, é importante ficar atento aos fatores de risco que podem predispor o surgimento do diabetes como: idade, obesidade, hipertensão, colesterol alto, histórico de diabetes ou de doenças cardíacas na família e diabetes durante a gravidez. Pessoas com mais de 40 anos estão mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2.

Sotero lembra que o diagnóstico da diabetes é feito através da avaliação dos níveis de glicose, em jejum ou não, no indivíduo. Como não existe uma cura para a doença, a disciplina pode ofertar para o diabético uma vida normal.

“O tratamento desta doença envolve educação alimentar, exercício físico regular, algumas vezes medicamentos e o autocontrole dos valores de açúcar no sangue. Uma vez que a diabetes não tem cura é importante que o indivíduo saiba que deverá seguir o tratamento proposto por toda a vida, dia após dia, para evitar as danosas consequências do excesso de açúcar no sangue, como alterações da visão, do coração e possível amputação dos pés”, ressaltou.

Dia Mundial do Diabetes

O Dia Mundial da Diabetes é celebrado anualmente a 14 de Novembro. Foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com objetivo dar resposta ao aumento alarmante de casos de diabetes no mundo. 

A celebração da data tornou-se, no ano de 2007, dia oficial de saúde da ONU após aprovação das Nações Unidas em dezembro de 2006.

A data é comemorado em 14 de novembro em memória do dia de aniversário de Frederick Banting, que, juntamente com Charles Best, criou a primeira ideia que levou à descoberta da insulina em 1922.

Confira alguns dados estatísticos da International Diabetes Federation (IDF):

Estima-se que metade das pessoas com diabetes desconheça a própria condição. Em países em desenvolvimento, essa estimativa chega a 80%;

Estudos mostram que exercícios físicos e dieta equilibrada previnem 80% dos casos de diabetes tipo 2;

Pessoas com diabetes tipo 2 têm o dobro de chances de sofrer um ataque cardíaco;

Até 2025, o maior aumento na incidência do diabetes está previsto para os países em desenvolvimento;

Em 2007, os cinco países com os maiores números de pessoas com diabetes eram: Índia (40,9 milhões), China (39,8 milhões), Estados Unidos (19,2 milhões), Rússia (9,6 milhões) e Alemanha (7,4 milhões);

Em 2007, os cinco países com a maiores prevalência de diabetes na população adulta eram Nauru (30,7%), Emirados Árabes Unidos (19,5%), Arábia Saudita (16,7%), Bahrein (15,2%) e Kuwait (14,4%);

A cada ano 7 milhões de pessoas desenvolvem diabetes;

A cada ano 3,8 milhões de mortes são atribuídas ao diabetes. Um número maior de mortes provenientes de doenças cardiovasculares pioradas por desordens lipídicas relacionadas ao diabetes e por hipertensão;

A cada 10 segundos uma pessoa morre de causas relacionadas ao diabetes;

A cada 10 segundos duas pessoas desenvolvem diabetes;

O diabetes é a quarta maior causa mundial de morte por doença;

O diabetes é a maior causa de falência renal em países desenvolvidos e é a maior responsável por grandes custos de diálise;

O diabetes tipo 2 se tornou a causa mais frequente de falência renal nos países ocidentais. As incidências registradas variam entre 30% e 40%em países como Alemanha e EUA;

10 a 20% das pessoas com diabetes morrem de falência renal;

É estimado que mais de 2,5 milhões de pessoas no mundo estão afetadas pela retinopatia diabética;

A retinopatia diabética é a maior causa de perda de visão de adultos em idade laboral (20 a 60 anos) em países com indústrias;

Em média, pessoas com diabetes tipo 2 têm sua expectativa diminuída em 5 a 10 anos em relação a pessoas sem diabetes, principalmente por causa de doenças cardiovasculares;

As doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no diabetes, respondendo por 50% das fatalidades e por muitas inaptidões;

Pessoas com diabetes tipo 2 estão cerca de duas vezes mais suscetíveis a um ataque cardíaco ou derrame do que as que não tem diabetes. Na verdade, pessoas com diabetes tipo 2 são tão suscetíveis a um ataque cardíaco quanto pessoas sem diabetes que já tiveram um ataque.

 

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