Dia Mundial do Doador de Sangue: conheça algumas histórias de superação | F5 News - Sergipe Atualizado

Doação
Dia Mundial do Doador de Sangue: conheça algumas histórias de superação
Uma doação equivale a uma bolsa e beneficia até quatro pacientes diferentes
Cotidiano | Por F5 News 14/06/2024 15h30 - Atualizado em 14/06/2024 16h40 |


O Junho Vermelho é uma campanha dedicada à mobilização pela doação de sangue, visando aumentar a conscientização sobre a importância desse ato solidário. Inclusive, nesta sexta-feira (14), celebra-se o Dia Mundial do Doador Voluntário de Sangue. Este período foi escolhido devido à queda nos estoques de hemocentros durante o inverno, agravada pelo aumento de doenças respiratórias e pelas férias escolares, que reduzem o número de doadores.

Cada doação de sangue, que equivale a uma bolsa, pode beneficiar até quatro pacientes diferentes, sendo crucial em situações como emergências médicas, cirurgias complexas, tratamentos de doenças crônicas e cuidados oncológicos.

Para marcar esta data especial, o F5 News buscou histórias de pessoas que tiveram suas vidas salvas graças à doação de sangue. 

Isabela Brito, na época com seus 20 anos, enfrentou uma jornada desafiadora quando foi diagnosticada com um linfoma de Hodgkin em estágio avançado. "No começo de 2020, tive algumas intercorrências que me levaram ao hospital, onde descobri que minha hemoglobina estava criticamente baixa. Precisei ser internada para investigar o que estava acontecendo para o corpo estar reagindo daquela forma. A princípio, a gente estava vendo como anemia. E aí, após um tempo da internação, acabei descobrindo que estava com um câncer", relembra. 

"Precisei de duas bolsas de sangue para poder iniciar meu tratamento de quimioterapia. Porque eu precisava estar com as hemoglobinas em pelo menos 11, que o normal é 12. Foi quando precisei fazer a transfusão. Na época, sim, foi super agoniante a situação. A gente ainda não estava, de fato, vivendo a pandemia, mas já se tinham uns boatos do que andava acontecendo e se não fosse por essas doações, eu não teria me recuperado”.

Filha de um ex-laboratorista do banco de sangue, Isabela sempre admirou o trabalho do pai e sonhava em um dia poder doar também. "Nunca pude doar devido ao peso, mas quando me vi do outro lado, precisando desesperadamente entendi profundamente a importância desse gesto. Doar sangue é literalmente doar vida, e eu encorajo todos a vencerem seus medos e preconceitos sobre doação de sangue e de medula óssea”, acrescenta Isabela.

Brito ainda destaca a necessidade de informação e da conscientização. "Que as pessoas busquem conhecimento e tirem as suas dúvidas para quebrar esses receios e medos de fazer a doação. Essas coisas que impedem de você ir em busca de fazer esse ato de caridade, porque realmente é um ato de amor. De saber que você está ali, dispôs um tempo do seu dia para aquilo, e que vai salvar a vida de uma pessoa, com toda certeza absoluta", finaliza.

Júlia Costa, de 21 anos, diagnosticada com aplasia medular em 2019, também passou meses da sua vida precisando de doação de sangue para fazer suas atividades do dia a dia. "Recebi minha primeira transfusão em uma situação de urgência, quando estava extremamente fraca. Eu estava com fraqueza, falta de ar, fadiga e sem conseguir levantar da cama. E aí, com as doações, as transfusões que foram acontecendo, eu conseguia ter mais força para, levantar, para tomar banho e conseguir fazer as atividades do meu dia a dia”, afirma.

Para Costa, essa jornada traz uma dualidade de sentimentos que permeia a experiência com a doação de sangue. Pois é algo que, ao mesmo tempo que está marcado por uma profunda gratidão, também traz um sentido de dependência. 

“É uma sensação muito estranha e gratificante ao mesmo momento, porque você não sabe quem está doando, mas que você necessita imensamente daquela doação. Porque a sua vida depende de outra pessoa, entende? É uma sensação muito estranha. Então, eu sabia que para levantar da cama, dependia de que outra pessoa doasse sangue para mim. É uma sensação de dependência, mas ao mesmo tempo, de muita gratidão, porque outras pessoas estão fazendo isso de bom grado e solidariamente”, destaca.

Ela também ressalta a importância de campanhas de conscientização sobre doação de sangue, cuja experiência transformou-a em uma defensora ativa da doação de sangue e de medula óssea. "Foi vital para minha recuperação receber tantas doações ao longo do tratamento. Com o tempo, meu organismo se recuperou e não precisei mais das transfusões. Mas, mesmo sem ter encontrado um doador de medula óssea compatível para mim até agora, continuo engajada em ajudar outras pessoas a entenderem a importância desses gestos”, conclui Costa.

Olhando pelo outro lado, temos os doadores. Marcela Fernandes, é uma doadora árdua, que faz a doação de sangue a cada quatro meses. "O que me motivou foi o falecimento do meu avô, que veio a óbito devido à COVID-19. Aproximadamente um mês depois, um idoso necessitava do meu tipo sanguíneo; fui doar e, desde então, nunca mais parei", compartilha.

Integrando-se a uma rede de solidariedade, Marcela também ressalta a importância da doação de sangue como um ato que transcende o indivíduo,  influenciando positivamente a saúde comunitária e encorajando outros a seguir seu exemplo. “A ação de doar, mesmo que seja anônima, serve como exemplo de solidariedade, inspirando pessoas próximas ou não a doarem sangue. Como também pode haver medo e preconceito, os exemplos de experiências positivas podem ajudar a aumentar o número de doações”, concluiu a doadora. 

Como doar?
Para doar sangue, é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de idade somente com autorização e acompanhamento), pesar mais de 50 kg e estar descansado e bem alimentado. No Hemose, centro de referência para doações em Sergipe, você será recebido por profissionais que farão uma breve avaliação médica para garantir que está apto a doar. O processo é simples e seguro, envolvendo a coleta de aproximadamente 450 ml de sangue.
 

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