Explosivos de torcidas organizadas têm características semelhantes a granadas
Artefatos apresentam alto poder de letalidade, contendo bolas de sinuca e pólvora Cotidiano | Por F5 News 14/03/2024 16h13 |Nesta quinta-feira (14), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou informações sobre artefatos explosivos apreendidos em ações e operações policiais relacionadas a investigações sobre atividades criminosas de torcidas organizadas em Sergipe. Segundo a Polícia Científica, os artefatos apresentam alto poder de letalidade e características semelhantes a granadas.
São esses artefatos potencialmente fatais que têm sido encaminhados ao IAPF, que integra a Polícia Científica de Sergipe, conforme relatou o perito criminal Nailson Correia. "Foram encaminhadas três solicitações de emissão de laudos de materiais associados a artefatos explosivos. O Laboratório de Química Forense do IAPF já analisou duas dessas solicitações", contextualizou.
Com os exames periciais do IAPF, já há conclusões científicas sobre o potencial de morte a partir desses artefatos. "Concluímos que o material tratava-se de pólvora. Um outro tipo de material associado era o famoso coquetel molotov que, junto com a gasolina, também foi encontrado com a pólvora. Isso aumenta a intensidade do poder destrutivo do material", ressaltou o perito criminal.
Dessas amostras, devido à forma em que se apresentavam, foi necessária a atuação conjunta com a Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE), da Polícia Militar. "Para que pudéssemos detonar o material, recolhendo amostras para a devida análise. Verificamos que era um material diferenciado devido ao alto poder destrutivo e alto grau de letalidade às pessoas", explicou Nailson Correia.
Já quanto a uma terceira amostra - relativa à morte de uma criança - já foram feitos exames periciais que estão sendo complementados para robustecer o laudo pericial. "Junto à perícia com o Instituto de Criminalística (IC), foi verificada a presença de pólvora, contudo estamos verificando a similaridade do material com os demais encaminhados ao IAPF para avaliar o poder destrutivo desse material", detalhou o perito criminal.
Dentre os materiais analisados, uma das amostras consistiu em bola de sinuca com pólvora, aplicado à letalidade do material, conforme descreveu Nailson Correia. "É algo incomum. São bolas de sinuca ensacadas com pólvora, o que já causa um grande dano, mas várias dessas bolas continham furos no centro com pólvora socada, o que faz com que aumente o poder de letalidade, sendo comparado a granadas", concluiu o perito criminal do IAPF.
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