Feiras de Aracaju carecem de limpeza
Os próprios feirantes contribuem para que o lixo passe a ser comum Cotidiano 02/10/2011 01h00 |Por Sílvio Oliveira e Míriam Donald
Quem vai a uma das feiras livres do município de Aracaju percebe facilmente que a limpeza não é o ponto forte desses locais – sobretudo durante a comercialização das mercadorias. Aliás, é possível observar que os próprios feirantes contribuem para que o lixo passe a ser tão comum nos mercados como carnes, verduras e frutas, ao jogarem os dejetos no chão, sobrando para os funcionários da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) recolherem a sujeira, ao termino de cada feira.
De acordo com a assessoria de comunicação da Emsurb, a prefeitura disponibiliza o espaço público e empresas terceirizadas recolhem o dinheiro dos comerciantes para concessão da barraca e sua montagem. No processo de limpeza, trabalham duas equipes compostas de 12 agentes, carro pipa e caminhão coletor entre outros equipamentos. Como os feirantes comerciam de quinta a domingo, na limpeza não é feita a dedetização, como acontece no mercado, mas sim com um sabão especial, identificado como sabão geléia.
Alguns moradores reclamam da sujeira que geralmente fica em suas portas. Contudo, não subestimam o trabalho dos feirantes. Questionados sobre o que gostariam que fosse feito diante do problema, alguns afirmam da própria conscientização do feirante em levar uma sacola plástica para diminuir os dejetos e restos de alimentos.
Ao ser indagado sobre a política de conscientização dos feirantes e a instalação de tonéis de lixo por parte da Ensurb, o assessor do órgão afirmou que a campanha teve iníciou em janeiro deste ano. “Quanto a isso, temo a campanha ‘Eu preservo, sou cidadã’, que foi idealizada para incentivar os cidadãos a jogar o lixo no lugar correto. É importante até lembrar e propor à prefeitura, a criação de contêineres para facilitar e amenizar esse problema”, pontua o assessor..
Vigilância Sanitária
Antônio Pádua, coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, afirma que os problemas enfrentados pelas feiras livres em Sergipe são crônicos, já que os 75 municípios descumprem a Portaria 307, do Ministério da Agricultura. “As feiras livres dos 75 municípios funcionam de forma inadequada. As feiras são uma parte. Começa no abate clandestino pela falta de matadouros, depois o transporte. A tragédia termina com a exposição de carnes, horas e horas em temperatura ambiente”, assegura.
Pádua informa ainda que apenas um único frigorífico localizado em Propriá possui as condições necessárias para o abate de carnes. Ela ainda indaga que a falta de higiene nas feiras e o acúmulo de lixo também são problemas. “O lixo só é recolhido no final da feira”, comenta.
Basta passar pelas feiras do bairro São José e do Salgado Filho, além da feira da Suíssa, para perceber a falta de higiene, que já virou caso de saúde pública. Ossos de animais expostos no chão, bagaço de frutas e carne sendo cortada em talhos como no início do século. “O problema vem desde o abate da carne até a comercialização. Há abatedouros clandestinos, sem estruturas, o transporte é feito inadequadamente e a exposição nas feiras não estão de acordo com o que diz a portaria”, afirma o técnico.
Questionados sobre a fiscalização, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que as inspeções são realizadas de acordo com um cronograma de ações planejadas anualmente pela coordenação de Vigilância Sanitária Municipal. São fiscalizados: estrutura física e a higiene dos boxes e bancas, bem como o acondicionamento corretos dos alimentos e dos resíduos.
A Vigilância Sanitária e a Emsurb estão em processo de diálogo para operacionalizar as notificações, buscando atuar conjuntamente, aumentando a resolutividade do assunto em questão. Hoje, a atuação da Vigilância é feita de forma educativa, orientando os feirantes sobre os procedimentos corretos a serem adotados.
Outro problema é que as feiras geralmente ocorrem em bairros, e em espaços estreitos, como ruas que servem de vias para as principais avenidas da cidade.


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