Funcionário denuncia problemas no presídio do Santa Maria
Brigas constantes e desvios de função tornam espaço "barril de pólvora" Cotidiano 01/02/2013 11h30 |Por Marcio Rocha
A reportagem F5 News esteve com um funcionário da empresa Reviver, administradora do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), localizado no bairro Santa Maria, em Aracaju. O trabalhador da penitenciária denunciou vários problemas dentro do complexo.
De acordo com o funcionário, as ações de agentes prisionais da empresa que estão prestando serviço no local são perigosas e atribuições de agentes penitenciários. Ações como escolta de presos, transferências, condução de presos para banho de sol e atividades realizadas nas dependências do presídio, a exemplo de corte e costura são feitas por eles, que têm apenas obrigação de tomar conta dos presos, quando estes estão nas celas.
Os principais problemas, segundo o agente do Compajaf, são relacionados às ameaças feitas pelos presos, principalmente nas intervenções de brigas, que ocorrem constantemente dentro do presídio. Segundo o funcionário, eles trabalham sem armamento e o efetivo de equipe é mínimo, provocando dificuldades no desenvolvimento do seu trabalho.
O agente da Reviver disse ainda ao F5 News que os poucos agentes do Departamento de Sistema Penitenciário (Desipe) presentes na penitenciária tratam os funcionários da empresa terceirizada com desprezo e humilhação, lhes mandando fazer as funções que seriam de atribuição dos agentes penitenciários.
O trabalhador reclamou que a empresa Reviver paga adicional de insalubridade de 20% sobre o salário para os trabalhadores, mas não efetua o pagamento do adicional de periculosidade. “Ainda não foi caracterizado o direito de receber a periculosidade, já que fazemos o papel de agente penitenciário e muito mais. Nós corremos riscos todos os dias”, comentou.
Segundo o denunciante, quando é feita alguma inspeção de órgãos externos, a exemplo do Ministério do Trabalho ou de algum juiz, todos os procedimentos do presídio são interrompidos e os agentes são levados para uma sala interna, para não serem exibidos como agentes penitenciários, pois não são enquadrados como tal, mesmo desenvolvendo as atribuições da função.
“Tanto a Secretaria de Justiça, quanto a Reviver omitem a forma de trabalho árduo, perigoso e sem reconhecimento ao qual somos submetidos. O presídio é um barril de pólvora prestes a explodir”, reclamou o funcionário do Compajaf.
A reportagem F5 News entrou em contato via telefone e e-mail com as assessorias de comunicação da Secretaria de Estado da Justiça e da empresa Reviver, que se prontificaram a responder às denuncias do funcionário. Porém, após 48 horas de contato, nenhuma das duas assessorias se pronunciou sobre o assunto.
Imagem: Marcio Rocha


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