“Hoje, os sindicatos não têm tanto poder de revolta quanto nos anos 80"
Revista traz relatos sobre as mudanças do movimento do Sindisan Cotidiano 21/09/2012 10h58 |Por Fernanda Araujo
O Sindicato dos Trabalhadores da Deso em Sergipe (Sindisan) vai lançar uma revista em comemoração aos 30 anos do movimento sindical, nesta sexta-feira (21) às 19h na sede do sindicato, localizado na rua Marechal Deodoro, bairro Getúlio Vargas. São 2.500 exemplares que serão distribuídos aos trabalhadores, populares e a imprensa.
A revista trará relatos de pessoas que fizeram e ainda fazem parte da direção do sindicato. Transcorrerá uma série de testemunhos daqueles que participaram de greves e movimentos do final dos anos 80 e 90. Além disso, fará um resgate de congressos, greves e passeatas, registrados em fotos na época.
Segundo o presidente, Sérgio Passos, a revista também tem o objetivo de mostrar as dificuldades que os trabalhadores enfrentam, desde a época aos dias atuais, com a atual gestão sergipana. “Vai mostrar que a tendência do patrão é reduzir cada vez mais as conquistas dos trabalhadores. A perspectiva é também reivindicar os nossos direitos, porque nada vem de graça para o trabalhador. O patrão tem mais lucros do que há 20 anos, hoje, o trabalhador é bem mais explorado”, conta.
Transformações no movimento sindical
O movimento sindical, desde os anos 80, passou por diversas transformações até os dias de hoje. Para Sérgio, uma delas foi passar da fase da contestação para a fase da conformação.
“Hoje, os sindicatos não têm tanto poder de revolta quanto teve nos anos 80, por exemplo. Naquele período vivíamos em uma espécie de ansiedade, passávamos pela ditadura militar para a democracia e fazíamos até algumas coisas sem muita consciência”, avalia.
Sérgio aponta que antigos companheiros da base sindical do Sindisan, hoje, estão na tribuna parlamentar acomodados. “Nossa própria base sindical e outros sindicatos, em nível nacional, se acomodaram. Uns se tornaram gerentes, outros parlamentares e atingiram até a presidência como no caso de Lula. Transformaram os sindicatos como uma escada para galgar outros objetivos. Infelizmente essas pessoas não prepararam um quadro de dirigentes para substituí-los. Pode observar que hoje existem vários parlamentares que foram vinculados do movimento sindical. Isso foi um reflexo do que afirmei anteriormente. Isso se reflete também em outros países da Europa”.
Imagem: representação de uma passeata - Google


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