Na tarde desta segunda-feira (27), dois investigados foram indiciados por extorsão mediante sequestro e organização criminosa, em Estância e outros municípios do Sul de Sergipe. 

Segundo a Polícia Civil, foram três meses de investigação sobre um sequestro no bairro Cidade Nova, em Estância, no dia 18 de agosto passado. No local, um carro parou em frente ao estabelecimento da vítima e três homens encapuzados desceram, algemaram a pessoa, a colocaram dentro do carro e saíram em direção à Linha Verde. 

Os sequestradores entraram em contato com a irmã da vítima solicitando 300 mil reais pelo resgate, e ainda enviaram um vídeo em que ela, no cativeiro, pede ajuda aos familiares. Nesse mesmo dia, as investigações da polícia começaram. 

No dia 22 de agosto, a vítima foi liberada do cativeiro com algumas escoriações no corpo e obrigada a conseguir dinheiro para pagar os sequestradores, em um prazo de oito dias.

“Foram dias de trabalhos intensos de investigação a fim de identificar o grupo criminoso e salvaguardar a vida da vítima sequestrada”, detalhou o delegado Érico Xavier. 

“Mas, finalmente, os membros da organização foram identificados e monitorados, possibilitando que fosse apresentado ao Poder Judiciário suas prisões, o que foi deferido”, complementa. 

No dia 2 de outubro de 2023, após os quatro membros serem identificados, outro caso semelhante ao ocorrido foi registrado em Boquim, onde foram capturados dois moradores de uma comunidade cigana por homens armados. Com as informações prévias, a equipe policial localizou o cativeiro e libertou, no dia 3, as duas vítimas que foram sequestradas.

Nessa ação policial, dois dos investigados reagiram à chegada da equipe e entraram em confronto. Ambos foram socorridos, mas morreram.

Foram cumpridos os mandados de prisão contra os outros dois investigados e realizadas quatro buscas domiciliares. Um terceiro suspeito foi conduzido ao Cope para prestar depoimento. 

“Mesmo com os investigados presos, as diligências continuaram, onde a vítima sequestrada em Estância foi levada para realizar reconhecimento dos locais em que esteve em cativeiro, tendo ela reconhecido o quarto onde esteve encarcerada, ao adentrar na mesma casa onde as vítimas do sequestro de Boquim também foram mantidas reclusas e, em seguida, liberadas, localizada no Povoado Terra Caída, município de Indiaroba”, explica.

Além disso, também reconheceu a casa de um dos suspeitos localizada no Povoado Progresso, município de Arauá, como um segundo cativeiro que foi levada”, completou o delegado Renato Tavares.