Por Sílvio Oliveira

Mãe de jovem queimado por fogos reclama de omissão de socorro

O jovem Felipe Roberto Santos da Cruz deu entrada na urgência do hospital São Lucas, na noite desse domingo (01), apresentando queimaduras e ferimentos na mão, provocados pela explosão de uma bomba. O garoto foi atendido, mas, segundo a mãe de Felipe, o médico que o atendeu tirou um raio x e disse que na unidade hospitalar não tinha atendimento especializado que o caso requeria, tendo que ir para o Hospital de Urgência de Sergipe.

Luciene dos Santos, mãe de Felipe Roberto, afirma que o garoto tem plano de saúde Petrobras, e que não poderia levá-lo para a unidade pública por ter convênio particular. Ela prestou queixa na Delegacia Plantonista por omissão de socorro por volta das 22h. “Se fosse um filho de alguém importante chegava cirurgião-plástico e todas as especialidades que quisessem. Fiquei revoltada. Foi omissão de socorro”, afirmou.

Ela explica que o médico tirou um raio x e telefonou para vários outros especialistas cirurgiões-plásticos e nenhum foi até o hospital, mesmo o que estava de plantão. “Fiquei desesperada. A mão do meu filho jorrando sangue, o médico nem levantou da cadeira e disse que o que poderia fazer era amputar o dedo dele, porque não tinha cirurgião-plástico”, contou.

Felipe Roberto Santos foi levado para o Hospital de Urgência de Sergipe, foi atendido no final da madrugada desta segunda-feira (02) e passa bem. A mãe disse querer justiça, já que o filho tem plano de saúde e não pode ser feito a cirurgia no hospital São Lucas por falta de profissional.

A assessoria de Comunicação do hospital São Lucas rechaça firmemente a informação de que houve omissão de socorro, porque há um prontuário de atendimento contendo medicação para dor, analgésicos e antibióticos, além do relatório médico.

Conforme a assessoria, Felipe Roberto foi atendido por um ortopedista e um cirurgião-plástico, que o encaminharam para fazer exames, o que ficou constatado através de avaliação, que teria que ser atendido por um cirurgião-plástico especializado e um ortopedista especialista em mão. “Nenhum hospital particular tem essa especialidade. O médico entrou em contato com o cirurgião de mão do hospital de Urgência, que por lei tem que ter, e foi encaminhando através de regulamentação médico para médico”, informou a assessora, que não ter o nome divulgado.

Ela ainda destacou ainda a transferência de hospital em ambulância particular que presta serviço para o São Lucas. “É o que está registrado e é o que orienta a direção clínica. Não houve omissão de socorro”, finalizou.