Mães da luta: valores sindicais na construção da família
Cotidiano 13/05/2012 10h07 |Por Mirella Mattos
De acordo com o escritor libanês Khalil Gibran, em sua obra ‘O profeta’, as mães podem até se esforçar para ser como seus filhos, mas não devem procurar fazer com que esses sejam como elas, uma vez que “a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados”.
Para o profeta de Gibran, a figura materna se limita a ser o arco dos quais seus filhos são arremessados como flechas vivas em direção aos seus próprios destinos. Mas, para as mães da luta sindical, Gibran pode ao mesmo tempo estar certo e errado. Elas são prova viva de que os filhos podem seguir os seus passos sem que isso seja visto como um retrocesso, afinal, seus valores e a busca da conscientização em prol do coletivo as ajudaram na mais importante tarefa de suas vidas.
“Eu acredito muito em um ditado que diz que a gente tem que ensinar fazendo. Foi justamente essa prática, de eu estar brigando pelos direitos dos professores, que eles viram e aprenderam e hoje são militantes nos espaços que ocupam”, comenta Márcia Bispo Souza (foto principal), que há 30 anos é militante do Sintese e mãe de três filhos de idades entre 21 e 17 anos.
Márcia destaca que a luta sindical em nenhum momento a afastou da criação dos meninos. “Lembro que alguns companheiros do Sintese os chamavam de militantes mirins. Eu os levava em alguns atos e até dever em praça eles já fizeram. Acho que por isso que não existe ressentimento porque eu me desdobrava. Sempre primei por passar tempo de qualidade com eles”, explica.
Para a professora Cleide Oliveira Lima (foto ao lado) faltar às assembleias do Sintese garante puxão de orelha por parte da sua filha
de 17 anos. “Essa semana, quando eu não fui na assembleia, foi ela quem me repreendeu, perguntando o porquê de eu não ter ido se é para ficar impaciente em casa”, expõe.“Ela sente orgulho. Acho que ela não gostaria de ter uma mãe passiva porque ela também é guerreira e tenho certeza que ela herdou isso de mim. Não é apenas importante passar valores aos filhos e aos nossos alunos, mas a toda a sociedade. Se todos lutassem mais pelas coisas que acreditam, o país não estaria desse jeito”, exorta Cleide.


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