Marcha das Vadias acontece pela primeira vez em Aracaju
Servirá para mostrar a sociedade que mulheres têm vontade e necessidade Cotidiano 30/05/2012 16h40 |Por Sílvio Oliveira
A Marcha das Vadias é uma forma criativa de dar um basta ao preconceito, à subserviência da sexualidade em detrimento do machismo e para dizer que as mulheres também podem sentir vontade, desejo, necessidade e exercerem seus direitos plenos ao corpo, à sexualidade. A mobilização acontece pela primeira vez em Aracaju (SE) no dia 1º de junho, com concentração às 14h, quando um grupo pretende movimentar o largo da Catedral Metropolitana, no Centro da cidade.
Conforme Laís Vanessa, uma das representantes da Marcha, o evento inserirá Sergipe na pauta mundial, já que o movimento começou em Toronto, no Canadá, e já aconteceu em diversas cidades brasileiras. “Aracaju também está inclusa no mapa da resistência feminista do Brasil. Queremos reunir não só mulheres, mas é um movimento de todos para todos”, afirmou.
A Marcha das Vadias iniciou no momento em que acontecia uma palestra no Canadá e um policial fez a afirmação de que mulheres estavam sendo estupradas na cidade de Toronto por se vestirem como vadias e se não quisessem ser estupradas, que não se vestissem daquele jeito. “A declaração fez com que milhares de pessoas fossem às ruas da cidade canadense para mostrar para a sociedade que as vítimas de estupro não são as culpadas. O movimento ficou conhecido como Slutwalk, Marcha das Vadias, em português”, explicou Laís.
Vadia como termo reivindicatório
Num país onde são registrados milhares de casos de violência contra a mulher, o que seria mais um termo para ofendê-las, passou a ser de autodenominação e autodeterminação, pois as Marchas têm ocorrido em diversos países para mostrar que as mulheres podem se vestir como quiserem, inclusive utilizando do termo “vadia” como reivindicação do direito de ter direito a fazer o que quiserem com seu próprio corpo.
Laís Vanessa ainda informou que em Sergipe a Marcha das Vadias, além de colocar Sergipe na pauta mundial, irá alertar à população de que não é apenas uma luta das mulheres pela liberdade, mas por Delegacias de Apoio a Grupos Vulneráveis aberta 24 horas, interiorização das delegacias, equiparação salarial entre mulheres e homens, combate ao preconceito sexual e legalização do aborto.
A Marcha já ocorreu em São Paulo, Recife e Brasília, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Vitória, Maceió, Fortaleza, Natal, Porto Alegre e Salvador.
Fotos: Divulgação


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